caso Giovanna Cavalcante

Acusados de matar jovem respondiam por outros crimes

Por Sofia Sepreny 22/10/2018 - 12:44

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Foto: Divulgação
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Os quatro homens responsáveis pela morte da adolescente Giovanna Cavalcante, de 15 anos, integravam facções criminosas e já eram conhecidos no mundo do crime.

Essas informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira, 22, pelo coordenador da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), Fábio Costa, durante coletiva de imprensa realizada na Delegacia Geral da Polícia Civil, localizada na Jacarecica, em Maceió. 

Segundo Costa, o grupo estava praticando assaltos no Jacintinho. Na hora em que Giovanna abriu a porta para descer do Uber, os meliantes estariam recolhendo objetos de uma vítima em um ponto de ônibus. Os criminosos se assustaram com o movimento de parada do carro e abertura da porta e atiraram antes mesmo da jovem sair do veículo.

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"Acredito que eles nem tinham noção de que mataram alguém, porque depois dali, continuaram fazendo arrastão pelo bairro", afirmou Costa. "Ficou claro que eles não queriam assassinar aquela garota especificamente, mas o tiro foi certeiro e atingiu a região da cabeça", acrescentou.

Quanto à operação deflagrada para prender os criminosos, o delegado Thiago Prado afirmou que ao iniciar as buscas na Grota do Rafael, a primeira casa a ser revistada foi a de Maciel Gomes Sarmento, 24, vulgo Alagoas. Conforme Prado, Sarmento recebeu a polícia a tiros, que revidou e acabou sendo alvejado. "Alagoas" morreu a caminho do Hospital Geral do Estado (HGE). 

Na casa dele foram apreendidos um revólver calibre 38 e a roupa utilizada no dia do crime. Continuada a operação, os outros dois suspeitos, Gustavo Geraldo de Oliveira dos Santos, vulgo "Hahaha", de 18 anos, e Victor Alexandre Santos da Silva, de 17 anos, foram abordados em uma casa localizada em uma vila da Grota. 

Eles também teriam recebido a guarnição a tiros e foram alvejados. Na residência foram encontrados uma espingarda, calibre 12 e um revólver calibre 38. De acordo com as investigações, "Hahaha" foi o responsável por efetuar o disparo contra a jovem Giovanna. Os três, que acabaram morrendo em confronto policial, já possuíam mandados de prisão em aberto por crimes de tráfico e homicídios. 

O quarto criminoso continua foragido e a identidade não foi revelada para não prejudicar a operação. 


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