Apoio de Arthur Lira trava candidatura de Rodrigo Cunha
A um mês e meio das eleições, a candidatura de Rodrigo Cunha caminha célere ladeira abaixo, sem qualquer perspectiva de decolar. A situação agravou-se após a saída de vários partidos aliados à coligação, com perda de tempo no horário eleitoral e fuga de eleitores.
A pífia atuação do senador tucano em quatro anos de mandato é uma das causas do fraco desempenho de Cunha na campanha ao governo de Alagoas. De quem pouco ou nada fez como senador pouco se espera como governador. É a lógica do eleitor cansado de tanto ser enganado.
No entanto, o que mais pesa sobre a candidatura de Rodrigo Cunha é a presença de Arthur Lira como financiador e avalista de sua campanha. No papel de apadrinhado do presidente da Câmara, Cunha não consegue passar ao eleitorado a confiança de que seria ele o governador de fato e de direito. Não seria um mero fantoche a serviço do rei?
Apesar de comandar a Câmara dos Deputados e seu orçamento secreto, Arthur Lira é um político medíocre, sem liderança nem credibilidade, portanto incapaz de transferir voto em uma disputa majoritária, onde o dinheiro nem sempre decide a parada. E aqui vale lembrar a milionária campanha de João Lyra ao governo do Estado em 2006, que naufragou logo no primeiro turno.
Desde sua assunção à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira nunca esteve à altura do cargo, usando-o como trampolim para impor sua agenda de atraso e de corrupção. Foi e sempre será um político menor por lhe faltar espírito público, básico de um estadista. Tudo somado tem o peso da âncora que levará a campanha de Rodrigo Cunha ao fundo do poço.
A lamentar o fato de levar junto a ativa e bem avaliada deputada Jó Pereira, uma das boas surpresas do legislativo alagoano.