Alagoas volta a fazer história na política com família Calheiros
Alagoas é o segundo menor estado brasileiro, mas tem lugar cativo na história do país pela luta política de filhos ilustres que participaram da proclamação da República e marcaram seus nomes na queda do regime imperial. Nessa jornada cívica saíram de Alagoas os dois primeiros presidentes da República – Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto – e mais recentemente, Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente da redemocratização do país, eleito em eleições livres e diretas após o fim do regime militar.
Nas eleições deste ano Alagoas pode protagonizar mais um fato histórico: ter pai e filho como senadores da República, caso inédito no Brasil. Se eleito Renan Filho, o Estado terá duas das três vagas de senadores ocupadas por uma mesma família. Mesmo aqueles que exaltam a gestão de Renan Filho no governo de Alagoas questionam sua candidatura ao Senado sob o argumento de que ter dois senadores da mesma família, do mesmo partido e da mesma ideologia política, nada acrescenta ao estado.
É o chamado dois em um. Alguns mais radicais alegam que com dois Renans no Senado, Alagoas, na prática, fica sem um senador, visto que pai e filho defendem as mesmas causas e os mesmos pontos de vista, quando o estado pode ter três senadores, cada um com sua visão de mundo. É, pode ser.