Renan Filho deve se acertar com Legislativo para tentar vaga no Senado
Tirando algum acidente de percurso, o projeto político de Renan Filho passa, necessariamente, pelo Senado já no pleito deste ano. Para isso precisa renunciar até 31 de março, último dia do prazo para deixar o governo. É aí que está o xis da questão.
Sem um vice para lhe suceder com certa tranquilidade, o governador precisa se acertar com o Legislativo e tentar reduzir o impacto de ficar fora do poder, caso decida disputar as eleições. “É pegar ou largar”, dizem alguns deputados.
Mais que fazer o sucessor, Renan Filho quer ser senador, mas se entrar em rota de colisão com os deputados terá dificuldades na disputa ao Senado. Fora do governo Renan se fragiliza e nem mesmo uma aliança com a Assembleia Legislativa é garantia de vitória nas urnas.
A caminhada é longa e há pedras no caminho; muitas pedras. No entanto, ao fazer os cálculos do custo-benefício de um acordo com os deputados, Renan Filho possivelmente acabará nos braços do deputado Marcelo Victor que o tem como aliado. Unidos, podem chegar lá, mas em campos opostos a luta pela sobrevivência política pode ser fatal para os dois lados.
Resumo da ópera: Marcelo Victor quer comandar a escolha do governador-tampão e se reeleger deputa[1]do, enquanto Renan Filho quer ser senador e dar continuidade ao projeto de poder dos Calheiros. Sem esquecer Arthur Lira, que deseja derrotar o clã de Murici e conquistar o poder de mando em Alagoas