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Equipe do CNJ deve voltar a Alagoas para concluir investigações

Por 04/12/2021 - 06:57

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Tribunal de Justiça
Tribunal de Justiça

Para quem acredita que o 13 é o número do azar, a crendice pode funcionar até mesmo contra membros engravatados do Tribunal de Justiça de Alagoas, que há muito estão com a toga sob a mira do Conselho Nacional de Justiça. 

É que na segunda-feira, 13 de dezembro, a equipe do CNJ deve retornar ao estado para concluir as investigações sobre denúncias de venda de sentença e outros malfeitos atribuídos a juízes e desembargadores.

No final de outubro a própria corregedora Nacional de Justiça, ministra do STJ Maria Thereza de Assis Moura, comandou uma correição no TJ-Alagoas e a mesma equipe deve voltar dia 13 próximo para concluir a devassa no tribunal, onde é tenso o clima entre desembargadores e auxiliares. Até o corregedor-geral do TJAL é acusado de fazer negócios com cartórios do interior. 

A expectativa é de que novas investigações serão abertas pelo CNJ em função do vasto material apreendido pela Polícia Federal no mandado de busca e apreensão contra advogados, juízes e desembargadores envolvidos nas denúncias. A presença da corregedora Nacional de Justiça em um estado por duas vezes seguidas é fato inédito na história do Conselho Nacional de Justiça. 

Além de investigar o loteamento de cartórios extrajudiciais, a equipe da ministra Maria Thereza Moura deve retomar os depoimentos sobre o interminável processo de falência do Grupo João Lyra, a começar pelas invasões de terras da massa falida por empresários e políticos da região sul do estado. 

As investigações do CNJ ocorrem em meio ao processo de escolha de três novos desembargadores do TJ-Alagoas, que passará de 15 para 18 membros. Das três novas vagas de desembargador, uma será destinada à OAB, pelo quinto constitucional, e as demais serão preenchidas pelo Judiciário.


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