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Chegada inesperada de integrantes do CNJ para inspeção extraordinária pega todos de surpresa

Por 03/11/2021 - 19:14

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Maria Thereza de Assis
Maria Thereza de Assis

A chegada inesperada de vários integrantes do CNJ para uma inspeção extraordinária no Tribunal de Justiça de Alagoas pegou todo mundo de surpresa, inclusive o presidente da Corte, que só tomou conhecimento do fato quando a equipe entrou na sede do tribunal.

Chefiado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora Nacional de Justiça, o grupo chegou sem aviso prévio, aumentando o clima de tensão já existente entre os desembargadores desde a posse de Fábio Bittencourt no cargo de corregedor-geral de Justiça.

A devassa durou dois dias e vários desembargadores foram interrogados sobre denúncias de irregularidades em diversos processos que hoje tramitam na justiça alagoana. Entre eles, a falência do Grupo João Lyra que envolve invasões de terras, desvio de recursos da Massa Falida e litígio entre grupos de credores.

Outro caso que despertou a atenção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) diz respeito à disputa entre desembargadores pelo controle de cartórios, substituições irregulares de tabeliães e até denúncia de grilagem contra desembargador. O clima, que já era ruim, azedou de vez com acusações mútuas entre membros do tribunal durante os interrogatórios.

Após receber um caminhão de denúncias contra desembargadores, uma autoridade do CNJ disse recentemente que o tribunal de Alagoas é o mais enrolado do País. Mas uma fonte do TJ informou à coluna que os auditores foram “envenenados” por pessoas sem escrúpulos com interesses escusos nesses processos e que o CNJ veio a Alagoas com a predisposição de “ferrar” desembargadores”.

Esses fatos serão todos conhecidos do público após a divulgação do relatório do CNJ. Até lá, cada um dos envolvidos na lambança vende sua versão, e os leitores que tirem suas conclusões.


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