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Após sete mandatos, Antônio Albuquerque abre espaço para segundo filho na política

Por 08/09/2021 - 08:52

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O deputado Antonio Albuquerque
O deputado Antonio Albuquerque

Após sete mandatos consecutivos, o deputado Antônio Albuquerque vai pendurar as chuteiras e abrir espaço para um segundo filho na política, seguindo a cartilha feudalista que vigora em Alagoas desde os tempos coloniais. Se um Albuquerque já é muito, imagine dois Albuquerque exercendo a política patrimonialista para alimentar o retrógrado regime dos coronéis. Três então, nem pensar.

Ao anunciar a pretensão de disputar o governo de Alagoas, o deputado de Limoeiro sabe que não tem a mínima chance de se eleger governador. Não só pelas ruínas de seu curral eleitoral, mas também pela escassez de credibilidade do seu reinado de 30 anos no poder.

A possível candidatura de Antônio Albuquerque a governador do Estado servirá apenas para reforçar a eleição dos filhos, dá um verniz à sua turva biografia, e se aposentar na opulência proporcionada pela política. Como no resto do País, é assim que funciona a política alagoana, e dessa forma continuará.

Assim como vários dos atuais e futuros deputados alagoanos, a chegada ao poder dos novos Albuquerque não representa mudança de ideias, apenas de nomes. Que o diga o deputado Nivaldo Albuquerque, que está no segundo mandato, mas tem se projetado apenas como líder da gastança na Câmara Federal.

O resumo dessa ópera bufa faz lembrar Ulysses Guimarães quando lhe reclamavam da baixa qualidade do parlamento brasileiro: “Está ruim, espera para ver a próxima legislatura”, dizia ele, já prevendo a degeneração da política nacional.


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