
A possível candidatura de Lula a presidente da República em 2022 levará a eleição em Alagoas a uma disputa nacionalizada. De um lado, Renan Filho, e do outro, Fernando Collor, que deve se aliar a Arthur Lira e ao presidente da Assembleia, Marcelo Victor.
O governador teria o apoio de Lula, enquanto o senador contaria com Bolsonaro em seu palanque. Collor buscará a reeleição em uma chapa majoritária provavelmente com um candidato a governador lançado pela Assembleia. Seu principal adversário será Renan Filho, que ameaça concluir o mandato caso não chegue a um acordo com os deputados.
Mas essa hipótese é descartada pela oposição que a interpreta como barganha do governador. Se quiser o apoio dos deputados à sua candidatura ao Senado, Renan Filho terá que entregar os anéis para salvar os dedos. Os deputados querem que o governador desista de indicar o sucessor para apoiar um candidato do Legislativo. Preço que Renan Filho não está disposto a pagar.
Com dois mandatos bem avaliados e um orçamento bilionário para investimento em obras, Renan Filho acredita que fará o sucessor e se elegerá senador na eleição do próximo ano. Com essa convicção, o governador dificilmente fará acordo político com os deputados.
Os dois lados, no entanto, não fecharam as portas, deixando aberta a possibilidade de um acordo político. Mas pelo tom das conversas ocorridas até agora, a fumaça branca dificilmente sairá do Palácio dos Martírios.