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Renan Filho corre risco de repetir fiasco de Guilherme Palmeira

Por 02/10/2020 - 08:07
Atualização: 02/10/2020 - 08:16

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Reprodução
Governador Renan Filho (MDB)
Governador Renan Filho (MDB)

A morte prematura do prefeito Rogério Teófilo não só mudou o destino das eleições deste ano em Arapiraca como dará novo rumo ao pleito de 2022 em Alagoas. 

Qualquer que seja o desfecho do imbróglio envolvendo a candidatura de Luciano Barbosa e os caciques do MDB de Alagoas, a ruptura entre o governador e seu vice é irreversível. 

O centro da discórdia é a disputa ao Senado em 2022 e o vice-governador seria o avalista do projeto Renan Filho de se eleger senador na única vaga hoje ocupada por Fernando Collor. 

Sem o apoio de seu vice – na condição de governador-tampão – Renan Filho corre o risco de repetir o fiasco de Guilherme Palmeira na eleição de 1996, quando foi derrotado por Fernando Collor, e do próprio pai no pleito de 1990, quando Renan perdeu o governo para Geraldo Bulhões. 

Em ambos os casos a atuação do vice foi decisiva. José Tavares – governador-tampão – rompeu com a candidatura de Guilherme e passou a apoiar Fernando Collor, que ganhou a eleição. Moacir Andrade, vice de Collor, assumiu o governo, brigou com Renan Calheiros e deu a vitória a GB. 

Resumo da ópera: se Luciano Barbosa perder a eleição, sucederá o governador e certamente vai trabalhar para derrotar Renan Filho na disputa ao Senado. Se Luciano virar prefeito, renunciará ao cargo de vice-governador e o possível adversário de Renan Filho será o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, que o sucederá no governo. 

É a maldição do vice que se repete ao longo da história.


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