Suspeita de corrupção empaca processo de falência da Laginha
A destituição do administrador judicial da Laginha, José Luiz Lindoso, foi vista por parte dos credores como um tiro no pé. Porém, a administração de Lindoso é cercada de mistérios. A paralisação dos trabalhos da massa falimentar por cerca de 60 dias é um deles.
O caso foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em ação contra o desembargador Klever Loureiro, que ordenou o afastamento do advogado. A dívida do grupo João Lyra é bilionária e está dominada por um jogo de interesses.
Ainda há muita riqueza em meio à falência.
Tumulto
O tumultuado processo de falência do Grupo João Lira já dura 8 anos e até agora a maioria dos credores – trabalhadores rurais, operários, fornecedores, plantadores de cana e bancos – não viu a cor do dinheiro. Sem falar na milionária dívida tributária e previdenciária.
Ao longo desse tempo foram substituídos vários juízes e administradores judiciais sob alegações que vão da omissão à falta de probidade na gestão da bilionária massa falida.
Corrupção
De um lado estão os credores, do outro os administradores judiciais e vários advogados, e no meio os herdeiros, que desconfiam da existência de um esquema criminoso para dilapidar o que resta do patrimônio familiar.
A recente mudança na administração judicial parece ter descoberto a ponta do iceberg desse lamaçal, e pode culminar com a troca de todos os atuais juízes responsáveis por esse rumoroso processo que já acumula mais de 120 mil páginas.
E mais grave: não é só a família de João Lyra que suspeita de um monumental esquema de corrupção montado em cima da massa falida, mas também membros do próprio Poder Judiciário. Dias agitados virão pela frente.