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Suspeita de corrupção empaca processo de falência da Laginha

Por 25/09/2020 - 10:56
Atualização: 28/09/2020 - 11:50

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Divulgação
Usina Laginha
Usina Laginha

A destituição do administrador judicial da Laginha, José Luiz Lindoso, foi vista por parte dos credores como um tiro no pé. Porém, a administração de Lindoso é cercada de mistérios. A paralisação dos trabalhos da massa falimentar por cerca de 60 dias é um deles. 

O caso foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em ação contra o desembargador Klever Loureiro, que ordenou o afastamento do advogado. A dívida do grupo João Lyra é bilionária e está dominada por um jogo de interesses. 

Ainda há muita riqueza em meio à falência.

Tumulto

O tumultuado processo de falência do Grupo João Lira já dura 8 anos e até agora a maioria dos credores – trabalhadores rurais, operários, fornecedores, plantadores de cana e bancos – não viu a cor do dinheiro. Sem falar na milionária dívida tributária e previdenciária. 

Ao longo desse tempo foram substituídos vários juízes e administradores judiciais sob alegações que vão da omissão à falta de probidade na gestão da bilionária massa falida. 

Corrupção 

De um lado estão os credores, do outro os administradores judiciais e vários advogados, e no meio os herdeiros, que desconfiam da existência de um esquema criminoso para dilapidar o que resta do patrimônio familiar. 

A recente mudança na administração judicial parece ter descoberto a ponta do iceberg desse lamaçal, e pode culminar com a troca de todos os atuais juízes responsáveis por esse rumoroso processo que já acumula mais de 120 mil páginas. 

E mais grave: não é só a família de João Lyra que suspeita de um monumental esquema de corrupção montado em cima da massa falida, mas também membros do próprio Poder Judiciário. Dias agitados virão pela frente.


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