Rui Palmeira não terá grandes obras para lustrar campanha
A pretensão do prefeito Rui Palmeira de disputar o governo de Alagoas em 2022 é legítima e, certamente, contará com o apoio de vários segmentos da sociedade.
Ao concluir seus dois mandatos, Rui dificilmente terá grandes obras para lustrar seu currículo, mas sua condição de ficha-limpa pesará muito na avaliação do eleitorado, cansado de tanta roubalheira.
Mas só isso não garante vitória de ninguém. Até porque pesa contra o prefeito de Maceió a pecha de político indeciso, lento na tomada de decisões, e até vacilante.
Após passar a chave da cidade ao sucessor, Rui ficará dois anos sem mandato e precisará trabalhar muito para não cair no ostracismo e se manter na mídia até o pleito de 2022.
Seu primeiro teste como candidato à sucessão de Renan Filho será a eleição municipal do próximo ano. Eleger o prefeito da Capital é meio caminho andado para uma vitória na sucessão estadual. Uma derrota em 2020, no entanto, não será o fim do caminho, mas reduzirá bastante as chances de se eleger governador.
Por tudo isso, Rui Palmeira precisa costurar alianças saudáveis e lançar um candidato forte o suficiente para disputar a eleição municipal com alguma chance de vitória.
Com exceção de Rodrigo Cunha, os tucanos não têm um nome sequer que reúna tais condições. Da mesma forma, a aliança partidária que apoia o prefeito também não dispõe de quadros qualificados para tal missão.
A escassez de novas lideranças exigirá de Rui Palmeira o desprendimento de não descartar futuros aliados em nome de um projeto político para Alagoas.