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Nenhum dos deputados envolvidos na 'Taturana' devolveu o dinheiro roubado

Por 13/05/2019 - 11:28
Atualização: 14/05/2019 - 08:50

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Foto: Divulgação
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A maioria dos deputados e ex-deputados envolvidos no desvio de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas já foi condenada a penas de suspensão dos direitos políticos e devolução do dinheiro público surrupiado. 

Mas até hoje – 11 anos depois da Operação Taturana que denunciou o bando – ninguém devolveu um centavo aos cofres públicos e nem perdeu os direitos políticos. Uns até já faleceram e outros renovaram seus mandatos, mesmo condenados.

Todos eles se prevalecem das brechas da lei e da morosidade da Justiça para protelar o processo ad infinitum até a prescrição das ações por decurso de prazo e outros artifícios nada ortodoxos. 

Podem até contar com a complacência do Judiciário, mas embarram no Ministério Público do Estado, cuja atuação tem dado aos alagoanos a esperança de que nem tudo está perdido no reino da impunidade.

Desde fevereiro de 2016 os recursos de apelação dos réus estão prontos para julgamento no TJ-AL. Mas sempre que entram na pauta do tribunal, os condenados pedem adiamento e o processo volta a hibernar nas gavetas da Justiça.

A esperança do MP é que o desembargador Paulo Barros Lima, novo relator de um dos processos (0002619-54-2009.8.02.0001), considere o relatório já concluído pelo desembargador Fernando Tourinho e julgue as apelações “em nome dos princípios da economia processual e da duração razoável do processo”, como destacou a procuradora de Justiça Denise Guimarães em sua última manifestação.


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