Laudo deverá ser 'balde de água fria' na expectativa dos moradores do bairro
Fontes ligadas aos órgãos responsáveis pelos estudos sobre o Pinheiro confidenciaram à coluna que o relatório a ser divulgado até o dia 30 deste mês deverá ser um balde de água fria na expectativa dos moradores do bairro condenado.
Alegam que só a região mais afetada pelas rachaduras deverá ser reconhecida como área de risco, e nessa condição, os imóveis seriam indenizados e o local transformado em área verde.
Como forma de minimizar a frustração dos moradores das demais regiões, seria realizado um programa de ações conjuntas de melhoria da infraestrutura e uma campanha institucional para resgatar os brios do bairro e de seus moradores. É esperar para ver se a gambiarra virá mesmo.
Nos bastidores da torre de batel em que se transformou o caso Pinheiro diz-se que vai prevalecer a versão de falha geológica como causa dos abalos que ameaçam afundar o bairro. E, nesse contexto, as atividades de mineração da Braskem teriam apenas agravado o problema naquela área e que o restante do bairro estaria preservado.
A valer tal versão, a mineradora terá mesmo que contratar os melhores advogados do país para enfrentar a ira de um bairro condenado. Até porque ao bloquear R$ 2,6 bilhões das contas da Braskem, a Justiça reforça o sentimento coletivo de que a petroquímica tem culpa no cartório.