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Drama do Pinheiro

Por 08/02/2019 - 10:55

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Enquanto as autoridades batem cabeça e as empresas envolvidas na questão se esquivam de responsabilidade, o bairro do Pinheiro vai contabilizando a sua desgraça. 

Dados da Defesa Civil revelam que pelo menos 770 famílias já abandonaram suas residências temendo pela vida, enquanto as rachaduras já atingiram 2.450 imóveis num raio de 1,5 quilômetro. 

Segundo a Junta Comercial, existem 2.700 pequenas empresas ativas no bairro, que geram centenas de empregos diretos. Devido aos abalos sísmicos, a maioria dessas empresas está operando no prejuízo. 

Além dos prejuízos materiais, a população do Pinheiro começa a enfrentar outro drama: a depressão, que já atinge dezenas de moradores do local, a maioria pessoas idosas. 

Informações chegadas ao EXTRA dão conta de que entre 8 e 10 pacientes são atendidos por semana somente em um hospital no Bebe - douro, especializado em distúrbios psicológicos. 

São pessoas que tiveram suas moradias atingidas pelas rachaduras e não têm para onde ir. “Com medo do pior, essas vítimas não conseguem dormir e, sem perspectiva de ajuda, entram em depressão”, disse um dos médicos do hospital. 

Enquanto isso, os 19 mil habitantes do Pinheiro aguardam que os órgãos de fiscalização se entendam e decidam de quem é a responsabilidade pelos buracos que ameaçam engolir o bairro. 


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