Jogo jogado
A cada mandato, Renan Calheiros se reinventa como político para manter-se no poder e escrever seu nome na história da República.
Para o bem ou para o mal, o alagoano de Murici já se consolidou como uma das maiores lideranças do Senado e agora briga contra tudo e todos para reassumir o comando da Casa pela quinta vez.
De tanto se reinventar, Renan corre o risco de passar à história como o maior camaleão da política brasileira.
Calheiros já integrou a tropa de choque de Collor, detonou o ex-presidente, aliou-se a Itamar Franco, José Sarney e Lula.
Apoiou o impeachment de Dilma, mas salvou os direitos políticos da ex-presidenta.
Na última eleição, aliou-se a Lula contra Bolsonaro e renovou seu mandato de senador. Agora, virou defensor dos filhos de Bolsonaro e já prepara seu ingresso triunfal no time do Planalto, com apoio do PT e de Lula.
Com esse currículo, alguém duvida que Renan Calheiros vencerá essa nova batalha pelo comando do Senado?
Nos bastidores do Senado diz-se que a entrada da senadora sul-matogrossense Simone Tebet, do MDB, na disputa, faz parte do jogo para sacramentar a vitória do alagoano.