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O TJ e os russos

Por 13/01/2019 - 08:57

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O desembargador Alcides Gusmão - Foto: Divulgação
O desembargador Alcides Gusmão - Foto: Divulgação

O caso do desembargador Alcides Gusmão que renunciou ao cargo às vésperas de tomar posse na Presidência do Tribunal de Justiça do Estado ainda vai render muitas conversas e negociações entre os senhores da toga. A renúncia, até agora não devidamente explicada, antecipou a posse do desembargador Tutmés Airan, mas não encerrou o caso.

É que na reunião do Pleno em que se discutiu a questão, o desembargador Washington Luiz sugeriu que Alcides Gusmão deveria, por direito, suceder a Tutmés Airan no final de seu mandato. Nenhum dos desembargadores presentes questionou a sugestão, deixando a polêmica no ar. 

O problema é que o desembargador Kléver Loureiro, o próximo da lista de sucessão natural, não estava presente à reunião e nem foi consultado. Pelo regimento do TJ, quem renunciar ao cargo de presidente perde a vaga e vai para o fim da fila. Foi assim com o desembargador Pedro Mendonça, que renunciou à sua vez, antecipando a posse do desembargador Otávio Praxedes. 

Na reunião que tratou do caso ninguém perguntou ao desembargador Washington Luiz se ele havia combinado com Kléver Loureiro, dono da bola da vez.

Faz lembrar o caso em que o jogador Garrincha ao ouvir as instruções do técnico Feola sobre a estratégia para enfrentar a antiga União Soviética na Copa de 1958, perguntou: “O senhor já combinou com os russos?”.


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