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Crimes e erros da Polícia Civil

Por 23/11/2018 - 10:06

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O vereador por Batalha, Sandro Pinto - Foto: Bruno Fernandes
O vereador por Batalha, Sandro Pinto - Foto: Bruno Fernandes

O vereador Sandro Pinto, de Batalha, apontado como mandante do assassinato do também vereador Neguinho Boiadeiro, acusa a Polícia Civil de usá-lo como bode expiatório de um crime que não cometeu, para dar satisfação à sociedade.

O inquérito policial desse caso foi comandado pelos delegados Cícero Lima, Gustavo Xavier e Rosivaldo Vilar, que pela gravidade da denúncia, devem explicações de seus atos. 

Esta não é a primeira vez em que acusados de crimes se dizem vítimas de “armação” da Polícia ou de inquéritos malfeitos. Não raro, esses casos acabam em condenação de inocentes e impunidade de criminosos, inclusive com aval da promotoria. 

Outro crime de repercussão é a morte de um advogado, que segundo a Polícia Civil, foi executado a mando do sócio, também advogado, que jura ser inocente.   

A defesa do acusado detectou falhas no inquérito policial e pediu a reabertura das investigações. Não foi atendida e pelo rumo que a coisa tomou, o advogado já foi condenado por antecipação. 

Já o rumoroso caso do universitário sequestrado e queimado vivo em Maceió também provocou comoção e muita cobrança da sociedade para que o crime fosse esclarecido e os criminosos presos. 

Até hoje, os próprios pais da vítima têm dúvidas sobre a culpa dos condenados enquanto sobram especulações sobre os verdadeiros criminosos. Afinal, dois acusados foram condenados como pistoleiros assalariados, mas até agora não apareceu o nome do mandante.

É notória a falta de estrutura da Polícia Judiciária, que em casos de grande repercussão, sofre fortes pressões para esclarecer os crimes, derrapando em inquéritos malfeitos e às vezes irresponsáveis. 

O que não pode é o Ministério Público, como fiscal da lei, avalizar investigações apressadas e carimbar a condenação de inocentes. O mesmo vale para a Defensoria Pública, no caso de réus pobres, que via de regra, não recebem o apoio legal a que têm direito. 

Com a palavra o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, que tem honrado seu nome como um dos mais sérios membros do Ministério Público Estadual. 


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