Lessa não é taturana
Ao impedir a candidatura de Ronaldo Lessa e abrir as portas para os deputados-taturanas condenados no maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia na história de Alagoas, o TRE leva o cidadão a duvidar da seriedade da Justiça Eleitoral.
Ronaldo Lessa chegou ao poder empunhando a bandeira da moralidade contra as “forças do atraso” personificadas na classe dos usineiros e de seus apadrinhados políticos, sempre bancados pelo doce dinheiro do açúcar.
Lessa Governou Alagoas por dois mandatos, respondeu a processos por improbidade administrativa e acabou de braços dados com a mesma oligarquia açucareira que sempre condenou.
Não foi o melhor governador, mas também não foi dos piores, apesar de deixar o Estado endividado com a negociata das Letras podres emitidas pelo antecessor. Poderia estar no Senado, mas foi derrotado pela soberba.
Como parlamentar, no entanto, Lessa honrou os mandatos na Assembleia Estadual e na Câmara Federal e nada o iguala aos deputados-taturanas beneficiados por uma liminar monocrática concedida por um magistrado de plantão.
Condenado por injúria e calúnia eleitoral contra o ex-governador Téo Vilela, Lessa agora é impedido de disputar a reeleição de deputado federal. Uma perda para Alagoas, já tão achincalhada por seus próprios políticos.