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No lixo da história

Por 11/09/2018 - 11:35

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Foto: Alagoas 24 Horas
Foto: Alagoas 24 Horas

Ao liberar a candidatura do deputado federal Cícero Almeida, o TRE-AL matou a esperança dos alagoanos que apostaram no fim da impunidade e mandou para as calendas gregas o rumoroso processo dos Taturanas, que tanto envergonha Alagoas.  

Todos os esforços da PF, do Ministério Público e de entidades da sociedade civil para punir os envolvidos no maior assalto a Assembleia de Alagoas, foram em vão.   Após 10 anos de árduo trabalho jogado no lixo da história, restam frustrações e decepções para um povo achincalhado por essa elite do atraso que reina impunemente sob a proteção vitalícia da toga e da indecente imunidade parlamentar.    

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Mais do que isso, a vergonhosa decisão da Justiça Eleitoral em Alagoas é um incentivo às atividades ilegais de bandidos travestidos de parlamentares e um aval aos eleitores que usam o voto como moeda de troca.   Com decisões dessa natureza, que autoridade moral tem essa corte para fiscalizar o criminoso comércio de votos e a lisura das eleições?  

Ao fim e ao cabo, culpa-se o povo - “que não sabe votar” - pela reeleição continuada desses grupos que se perpetuam no poder e transformam o Estado em feudo familiar.   Não à toa, Alagoas padece dos piores indicadores sociais do país, com mais da metade sua população vivendo abaixo da linha de pobreza.    

Vale registrar aqui o esforço da procuradora regional eleitoral em Alagoas, Raquel Teixeira, em defender a inelegibilidade dos deputados-taturanas já condenados em segunda instância.   Mas foi vencida pela força maior de uma liminar monocrática concedida por um magistrado de plantão, atropelando uma decisão colegiada.


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