SUZANO

Vítimas de massacre em escola têm velório coletivo

Por Veja 14/03/2019 - 14:11

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Foto: Divulgação
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Os primeiros familiares das vítimas do massacre na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), começaram a chegar por volta das seis da manhã ao ginásio onde seis corpos são velados nesta quinta-feira, 14. A cerimônia coletiva em homenagem aos mortos ocorre na Arena Suzano, que tem capacidade para 4.000 pessoas.

Foram levados para o local os corpos das duas funcionárias do colégio mortas, a coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Umezo e a inspetora Eliana Regina, e os dos alunos Kaio Lucas da Costa, Claiton Ribeiro, Samuel Melquiades e Caio Oliveira.

O funeral é aberto ao público, mas somente familiares e amigos próximos dos parentes têm acesso aos caixões colocados no centro da quadra poliesportiva, isolado por grades de contenção. O enterro está marcado para as 16h, no cemitério São Sebastião, em Suzano.

O sepultamento do corpo de Marilena não ocorrerá nesta quinta porque um dos filhos dela chegará apenas amanhã da China; familiares não divulgaram o local do enterro. O corpo dela será levado para a Igreja Matriz São Sebastião, onde seu funeral prosseguirá.

Por questões religiosas, a família do estudante Douglas Celestino optou por um velório particular em uma igreja evangélica no Parque Maria Helena, bairro de Suzano.

Não há informações sobre o velório dos atiradores, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25. A família do empresário Jorge Antonio Moraes, tio de Guilherme que foi morto minutos antes em sua concessionária pelo próprio sobrinho, também não divulgou onde aconteceria seu funeral.

O prefeito de Suzano Rodrigo Ashiuchi (PR) e o ministro da Educação Ricardo Vélez participam da cerimônia. Segundo a Secretaria de Segurança Cidadã de Suzano, mais de 5.000 pessoas já passaram pela arena nas primeiras seis horas do velório.

Às 11h, haverá uma missa de corpo presente presidida pelo padre Claudio Taciano, da Paróquia São Sebastião. Outros atos religiosos estão previstos para ocorrer na cidade durante a manhã e a tarde.

Cerca de cinquenta profissionais da rede municipal de saúde prestam atendimento na Arena Suzano, entre médicos psiquiatras e clínicos gerais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e assistentes sociais.

Missa

Na noite de quarta-feira, fiéis participaram de uma missa em frente à escola onde ocorreu o massacre. No sermão, o padre Cláudio Taciano dissse que o mundo “anda estranho”. “É preciso entender agora qual é o recado que esse episódio na escola quer passar para todos nós. Vamos suportar mais violência?”, questionou o religioso.

A prefeitura de Suzano decretou luto oficial de três dias consecutivos e suspendeu as atividades nas escolas municipais entre quinta e sexta-feira.


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