COLETES AMARELOS

Protestos na França leva à prisão de mais de 1.700 pessoas e deixa 96 feridos

Por UOL com Agência EFE 09/12/2018 - 07:55

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Paris despertou na manhã deste domingo, 9, entre os rastros deixados pelos confrontos entre manifestantes e policiais que tomaram a capital francesa no dia anterior. Muros pichados, vitrines de lojas quebradas, pontos de ônibus danificados e carros e motos tombados eram algumas das imagens que se espalhavam pelas calçadas da cidade. Na véspera, um total de 1.723 pessoas foram detidas no quarto sábado consecutivo de protestos do movimento que ficou conhecido como "coletes amarelos", que levou às ruas 136 mil manifestantes, segundo o Ministério do Interior do país.

Só em Paris houve 1.082 detenções e 96 pessoas ficaram feridas, sendo dez policiais, segundo a Polícia. Dentre esses detidos, ficaram sob custódia 1.220 pessoas, disseram hoje fontes do Ministério.

Impostos

Os primeiros protestos dos "coletes amarelos" aconteceram em 17 de novembro, em diversas cidades da França, em resposta a um aumento de impostos e alta no preço dos combustíveis. O imposto chegou a ser revogado pelo governo no dia 4 de dezembro, mas a onda de protestos já havia se expandido e passou também a abarcar outras bandeiras, como aumento de salário, maior justiça fiscal e críticas ao governo do presidente Emmanuel Macron. "Globalmente a violência foi menor que na semana anterior e o nível de tensão diminuiu, mas a situação não é satisfatória", declarou o porta-voz do Governo, Benjamin Griveaux, em entrevista à emissora "Europe 1" neste domingo.

A participação dos "coletes amarelos" nas ações que tinham convocado por todo o país, de acordo com as contas,

O porta-voz confirmou que o presidente Emmanuel Macron, que não discursou publicamente em toda a semana, apesar da gravidade da situação, falará nos próximos dias, embora não tenha detalhado de que forma. Em sua conta do Twitter, Macron ontem à noite postou uma mensagem para agradecer as forças da ordem por sua "coragem e excepcional profissionalismo" que mostraram.

Os distúrbios de ontem foram de menor gravidade que os do sábado passado em Paris. Apesar disso, se repetiram cenas de carros queimados, lojas saqueadas, vitrines quebradas e barricadas nas ruas, em particular nos bairros de Champs-Elisees, nos Grandes Bulevares e na praça da República. 


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