SAÚDE

Cerveja ou refrigerante? Entenda qual traz menos prejuízo

Por UOL ViverBem 07/11/2018 - 08:41

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Foto: Divulgação
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A dupla refrigerante e cerveja reina absoluta nas festas, mas também é conhecida por seu alto teor calórico e outros problemas para a saúde. E muita gente fica em dúvida sobre qual deve escolher. No caso da cerveja, há o álcool, que, em excesso, aumenta o risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. No refrigerante, a principal preocupação dos médicos é o índice de açúcar, associado ao ganho de peso e diabetes tipo 2.

Sendo assim, é possível escolher um item que seja "menos pior" em eventos sociais? Claro que a moderação é essencial, e com isso, o refrigerante traz mais prejuízos do que a cerveja.   A OMS (Organização Mundial de Saúde) diz que o consumo moderado de álcool (o equivalente a uma latinha por dia para mulheres e duas para homens) não leva a riscos à saúde. 

Já no caso do refrigerante, a dose diária recomendada pela OMS deve ser de 5% do seu consumo de calorias no dia. Em carboidratos, uma lata tem em média 37g, quando o indicado é não consumir mais de 25g por dia. Por isso, para sua saúde, uma cerveja vale mais do que um refrigerante. Veja abaixo benefícios e malefícios de cada um:

Cerveja

A bebida é fruto da fermentação de cereais --principalmente cevada e trigo -- por fungos do tipo levedura. Embora as calorias da cerveja e do refrigerante sejam parecidas, a absorção dela é um pouco mais lenta por conta dos cereais. Além disso, eles têm antioxidantes, que também fazem bem a sua saúde. Cada grama de álcool presente na cerveja equivale a 9 calorias, enquanto o carboidrato, que ela também carrega, tem 4 calorias por grama. 

Assim, uma latinha tem calorias parecidas com as de um pão francês, 150. Mesmo as cervejas sem álcool têm carboidratos e possuem bastante caloria.  A cerveja tem um índice glicêmico alto, o que significa que muita glicose é liberada de uma vez na corrente sanguínea -- apesar de ser menor do que a do refrigerante. O lado "bom" é que ela, em geral, não contém açúcar adicionado e algumas marcas não têm conservantes como o refrigerante.  

O limite de consumo varia muito, de acordo com fatores como peso, altura e estado de saúde. A recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de uma dose de álcool, equivalente a uma latinha por dia para mulheres e duas para homens. E não adianta "economizar" a dose diária para o final de semana.  O maior problema da cerveja é o álcool -- o teor alcoólico de uma lata é de 6% em média. 

Alguns estudos demonstraram recentemente que ingerir qualquer nível de álcool já pode aumentar a mortalidade. As bebedeiras ocasionais intensas estão ligadas a alguns tipos de câncer e problemas no fígado e na memória. E como o álcool afeta o sistema nervoso, é mais fácil perder as contas de quantas latinhas foram ingeridas.

Refrigerante

O refrigerante é uma bebida com muitas calorias e nenhum nutriente, o que é comumente chamado de caloria vazia. O principal ponto de críticas dele é o açúcar adicionado. A sacarose e xarope de milho, frequentemente utilizados para adoçar os refrigerantes, são moléculas simples, absorvidas prontamente pelo organismo e que provocam picos de glicose na corrente sanguínea. Se o indivíduo saudável está toda hora exposto a esse aumento, pode desenvolver o diabetes tipo 2 no futuro. Uma latinha tem cerca de 150 calorias.  

Os altos níveis de doçura podem ainda fazer com que comamos mais numa festa. Depois do pico de glicose, há uma queda rápida e o indivíduo sente fome de novo. A falta de mastigação também prejudica o envio do sinal para o cérebro de que é hora de parar de comer.  E não adianta recorrer aos zero açúcar, que levam adoçante no lugar do açúcar: o gosto doce dele tem efeitos semelhantes ao do açúcar no cérebro: prejudica a saciedade e aumenta a compulsão por alimentos açucarados. 

Ou seja, também é um mau negócio.  Outro ponto de atenção comum aos refrigerantes (não importa se contenham açúcares ou adoçantes) é a acidez elevada, que prejudica a flora intestinal e, consequentemente, a saúde. A recomendação é que se corte o máximo possível, já que não traz benefícios.



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