bairro afundando

Pinheiro: cerca de 500 imóveis estão em área de risco

Por Bruno Fernandes e Sofia Sepreny 16/01/2019 - 09:20

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Foto: Bruno Fernandes
Foto: Bruno Fernandes

Durante encontro entre moradores e a prefeitura na manhã desta quarta-feira, 16, em Maceió, para discutir os estudos no bairro do Pinheiro, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) afirmou que o órgão nunca viu nada parecido com o que está acontecendo no bairro.

Segundo Tales Sampaio Queiroz, pesquisador e geólogo do CPRM, geralmente as demandas são obras de contenção e drenagem. "Entre todos os municípios que já visitamos em todo o país, nunca vimos nada parecido com o que houve no Pinheiro".

De acordo com Jorge Pimentel, geólogo do CPRM, estão sendo feitas investigações nos poços da Braskem e da Casal. Ele disse ainda que em 2011 e 2012, o CPRM esteve em Maceió para análise das áreas e à época foram registrados 28 setores de riscos dos mais variados tipos, incluindo processos de movimentos de massa.

"Os equipamentos que estamos utilizando servem para medir a desestruturação do terreno a partir de 900 metros, o levantamento deve ficar pronto até o início de fevereiro", afirmou o geólogo.

Até o final de abril, o CPRM afirmou que serão feitas a perfuração de seis poços tubulares para monitoramento dos aquíferos subterrâneos, devido às atividades da Casal e de mineração na região. 

"Com a instalação destes equipamentos teremos a resposta de dados diretos e não terceirizados como está acontecendo hoje", ressaltou Pimentel.

Além disso, ele afirmou que o estudo se estenderá à Lagoa Mundaú para saber se ela começou a mudar sua forma. "Se realmente ela começou a mudar ou deformar, significa que pode haver afundamento do bairro, mas somente a análise da lagoa dará essa resposta", finalizou. 

O CPRM propôs ainda que a Prefeitura de Maceió criasse uma sala de monitoramento na capital e no Rio de Janeiro. A população residente do bairro do Pinheiro esteve na reunião e lotou o auditório da prefeitura em busca de respostas. Confirme a Defesa Civil, cerca de 500 imóveis estão na área de risco e a metade dos moradores que moram nessa região foi retirada.


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