Operação Tântalo

Empresários estão envolvidos em rombo milionário, diz PF

Operação investiga prejuízo de R$ 54 milhões nos cofres públicos
Por Sofia Sepreny com PF-AL 06/11/2018 - 06:27

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Foto: Assessoria
Foto: Assessoria

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 6, a Operação Tântalo que investiga crimes licitatórios e superfaturamentos, entre 2012 e 2017, na construção de escolas e creches em municípios alagoanos.

O delegado Agnaldo Mendonça afirmou à imprensa que, nesta etapa das investigações, nenhum nome será divulgado para não atrapalhar as próximas fases. 

Foram empregados trinta policiais federais no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e de Marechal Deodoro. A investigação contou com o auxílio da Controladoria Geral da União em Alagoas e da Receita Federal de Pernambuco. Os referidos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Alagoas.

Os desvios de recursos públicos eram feitos através de fraude nas licitações, contratação de empresas de forma irregular, sem processos licitatórios para a construção de escolas e creches na capital e no interior.

"Haviam desvios na medição e no acabamentos das obras, além da dispensa de licitações. Quando havia licitação, o que era contratado não era cumprido. Os materiais foram apreendidos e serão analisados pela nossa equipe", relatou o delegado.

A PF confirmou ainda que engenheiros, empresários e servidores públicos podem estar envolvidos no esquema. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa o montante de R$ 54 milhões. 

 O nome da operação é uma analogia ao roubo de um bem precioso (refere-se à retirada de oportunidade de estudo e desenvolvimento de crianças que seriam beneficiadas em nosso Estado com construção de creches e escolas) e todo material será apreendido e analisado nos autos de inquérito policial em andamento.



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