Operação Nepsi

PF encontra líderes de quadrilha em resort em Alagoas

Por Redação com agências 22/09/2018 - 09:16

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Foto: Divulgação
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A Polícia Federal (PF) deflagrou neste sábado, 22, a Operação Nepsi em cinco estados, para desarticular uma organização criminosa de especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupção policial para a facilitação ao contrabando.

Três líderes da organização criminosa presos hoje, estavam em um resort em Maceió, com parentes e amigos para uma festa de casamento.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) participa da operação, que contou, ainda, com a colaboração da Receita Federal do Brasil (RFB), apoio logístico do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) e acompanhamento das Corregedorias das Polícias Civil e Militar.

Segundo as investigações, a organização criminosa tem uma ampla rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul, a qual se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais, com a participação de centenas de pessoas exercendo funções de “gerentes”, batedores, olheiros e motoristas e, ainda, a corrupção de policiais que colaboravam como o esquema. 

Estima-se que, em 2017, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1.200 (mil e duzentas) carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os valores em mercadorias contrabandeadas atingem cifras superiores a R$ 1,5 bilhão (um bilhão e meio de reais).

Cerca de 280 (duzentos e oitenta) policiais federais de diversos estados foram destacados pela PF para o cumprimento de 35 (trinta e cinco) Mandados de Prisão Preventiva, 8 (oito) Mandados de Prisão Temporária, 12 (doze) Suspensões de Exercício de Atividade Policial e 43 (quarenta e três) Mandados de Busca e Apreensão nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da Organização Criminosa, encontram-se policiais da PRF, da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul.

Em Alagoas, os acusados foram encontrados em um resort. 

O nome da Operação Nepsis reporta a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena, em uma alusão à vigilância necessária para combater as sofisticadas atividades contrabandistas e no que concerne à própria atividade de fiscalização estatal no combate à cooptação integrantes de Órgãos de repressão e fiscalização.



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