LANÇAMENTO DE LIVRO

Lula não aceitará indulto se Haddad conceder, diz Zé Dirceu

Por Bruno Fernandes - Estagiário sob supervisão 17/09/2018 - 16:03

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José Dirceu e Paulão durante coletiva de imprensa - Foto: Bruno Fernandes
José Dirceu e Paulão durante coletiva de imprensa - Foto: Bruno Fernandes

O ex-ministro-chefe da Casa Civil do Brasil José Dirceu declarou durante lançamento do Livro 'Zé Dirceu. Memórias - Volume 1', que caso seja dado indulto por parte de Fernando Haddad para o ex-presidente Lula, o mesmo não aceitará.

A declaração aconteceu na manhã desta segunda-feira, 17, na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), no bairro do Farol, em Maceió.

O assunto veio a tona após o candidato Jair Bolsonaro (PSL), afirmar neste domingo, 16, em uma live, que caso o candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, vença as eleições, terá como primeiro ato de governo dar indulto ao ex-presidente Lula.

"Quanto a acusação feita por Bolsonaro de que Fernando Haddad dará indulto a Lula. Garanto que o ex-presidente não aceitará. Ele é inocente e está a espera de justiça, por isso não aceitaria", declarou durante coletiva de imprensa. 

Livro

Conhecido nacionalmente por ser acusado como chefe do "Mensalão", José Dirceu lançou em Maceió seu livro com memórias escritas durante seu tempo preso. O lançamento contou com a presença do presidente do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa e do deputado federal Paulão.

"Escrevi 700 páginas deitado em uma cama de prisão e claro que não são memórias exclusivas minhas. E sim do Brasil, PT, Lula, além de ser uma mensagem para a juventude", detalhou.

Ainda segundo o ex-ministro, o motivo para escrever o livro foi de viajar pelo país, falar com a sociedade, com o povo trabalhador e aprender. "Também mostro como o Nordeste cresceu mais que Sul e Sudeste nos últimos anos e pude provar isso já que viajei muito por esse território". 

O livro conta com os bastidores inéditos de sua militância estudantil nos anos 1960, o exílio e o treinamento para ser guerrilheiro em Cuba, a vida clandestina no Brasil nos anos 1970, a volta à legalidade com a anistia, em 1979.

Pela primeira vez ele revela segredos dos bastidores da luta política dentro do PT e do próprio governo, em que foi chefe da Casa Civil e seria o provável sucessor de Lula, até ser abatido pelas denúncias do “Mensalão”.


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