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Sindicato denuncia caos da saúde ao Ministério Público
A realidade dos hospitais públicos de Alagoas é de superlotação, falta de profissionais, leitos e até de medicamentos que são considerados fundamentais para o funcionamento das unidades.
Nas redes sociais, os mais diversos relatos de familiares de pacientes que apontam para os problemas se acumulam, contrastando com o discurso oficial do Palácio República dos Palmares. Eles pedem até ajuda ao Ministério Público.
O Conselho Regional de Saúde (CRS) confirma a “crise”, apontando que o quadro vai além, inclusive com pacientes esperando cirurgias há anos, exames suspensos e até procedimentos para o controle do diabetes não podem ser feitos por falta de uma “fita” que custa cerca de R$ 150.
O Sindicato dos Servidores da Previdência, Assistência Social e Saúde (Sindiprev) aponta que a realidade nas unidades de atendimento de emergência é séria e exige uma solução que até agora, apesar dos alertas, não foi tomada.
O atendimento nos corredores das unidades, sobretudo do Hospital Geral do Estado (HGE), é recorrente. O esforço que os servidores fazem diariamente não é suficiente para diminuir o sofrimento de que está entre a vida e a morte, diante da enorme carência de profissionais e da falta de condição de trabalho para o atendimento da população.
A falta de medicamentos e insumos nas unidades é um problema que se arrasta desde o início da gestão do governador Renan Filho (MDB). Mesmo chegando perto do fim do governo, servidores e pacientes denunciam que a realidade nas unidades é a mesma.
Sem espaços nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), os pacientes esperam por uma vaga nas macas. Alguns precisam ir à Justiça para ter o direito à vida assegurado, já outros não têm a mesma sorte e acabam morrendo. Há procedimentos abertos pelo Ministério Público que visam investigar o tratamento ofertado à população. Denúncias de familiares ao órgão ministerial apontam para o descaso do Estado.
O Sindiprev atesta que a carência de profissionais nas unidades de saúde é de 800 pessoas, que poderia ser suprida se os aprovados no concurso da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), de 2014, fossem chamados.