operação placebo

Empresas usavam moradores de rua como laranjas

Por Redação 20/07/2018 - 15:26

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Foto: Assessoria
Foto: Assessoria

Uma organização criminosa distribuía remédios falsificados e usava moradores de rua para lavagem de dinheiro. Em Alagoas, a empresa envolvida no esquema era a Ribeiro & Farma, que usava o nome de Holyfarma com a intenção de despistar as fiscalizações. Além disso, uma outra empresa, o grupo Monteiro, fazia as distribuições dos remédios.

Segundo o Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), do Ministério Público de Alagoas (MP-AL), oito mandados de prisão foram cumpridos na Bahia, Alagoas e Sergipe. Metade das prisões aconteceram em terras alagoanas.

Guilherme Amaratas, promotor responsável pela Operação Placebo, no estado de Alagoas, informou durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 20, que foram apreendidas oito carretas com diversos tipos de medicamentos só na empresa Ribeiro & Farma. Também estimou que houve uma sonegação fiscal avaliada em R$197 milhões.

Ainda foi divulgado na coletiva que, ao total, 23 carretas de remédios e nove carros de luxo foram apreendidos, trinta empresas foram investigadas, dez laranjas foram identificados e bens de acusados acabaram bloqueados.

No interior da Bahia havia mandados de prisão em vigor das empresárias Maria Edenilce e sua filha Silvia Borges. As duas continuam foragidas. No estado de Alagoas foram presos o auditor-fiscal Carlos Antônio Nobre e Silva, e os testas-de-ferro Márcio André de Lira e Erasmo Alves da Silva Filho, além do contador Benedito Alves dos Santos Júnior.   


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