Foi repórter e diretor geral da Radio Novo Nordeste de Arapiraca e titular da Comarca de Piranhas, na condição de Juiz de Direito.

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No Brasil o crime compensa

29/04/2021 - 16:48
Atualização: 29/04/2021 - 17:23

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No Brasil o crime compensa.
No Brasil o crime compensa.

A abordagem do jargão popular que dá título a este artigo jornalístico, de que no Brasil o crime compensa, não toma como base apenas a nossa legislação penal, os discursos e as decisões judiciais libertárias e nem tampouco os crimes praticados por marginais comuns ou integrantes de grupos do narcotráfico ou “sindicatos” do crime de pistolagem, cujas raízes estão fincadas no norte/nordeste brasileiro, há dezenas de anos.

A presente abordagem toma como base as últimas decisões judiciais provenientes da mais alta corte de justiça do Brasil em que, através delas, monocraticamente ou por maioria de votos, Ministros têm colocado em liberdade os mais nefastos criminosos brasileiros dos últimos tempos que ao roubarem o erário nacional embolsando o dinheiro público que deveria ser aplicado na educação, na segurança pública e, em especial, no setor de saúde, levaram à morte milhares de brasileiros, mortes essas potencializadas pela ação do vírus chinês que há cerca de um ano chegou em nosso país.

Ao se libertar os grandes líderes da corrupção no Brasil, capitaneados por um chefe maior que tem destacada influência junto a autoridades nacionais de todos seguimentos, níveis e patentes e a uma legião de brasileiros, ricos e pobres, que aplaudem a corrupção e veneram os corruptos e corruptores, estar se levando o país ao descrédito nacional e internacional e condenando-o ao atraso e ao subdesenvolvimento.

O sentimento que se tem em relação a este momento vivenciado no Brasil pelo seu povo é o de que a usurpação de poder virou regra, a obediência à constituição brasileira está relativizada e o ativismo político generalizado é a palavra de ordem em vigor. Enquanto isto, os corruptos, impossibilitados de roubar o dinheiro público desde janeiro de 2019, permanecem na busca incessante de uma forma para, a qualquer custo, retornarem aos ricos postos administrativos, fontes abundantes de dinheiro público, maior desejo de consumo desses gângsteres que, a cada decisão judicial lhes favorecendo, certificam-se de que realmente no Brasil o crime compensa.

NOTAS:

EQUATORIAL: Energia mais cara para os alagoanos

Quase nenhum benefício foi destinado aos consumidores de energia elétrica de Alagoas, depois que a Empresa Equatorial assumiu a concessão da distribuição de energia elétrica no Estado. A empresa tem sido rápida na negativação dos nomes dos seus clientes devedores, junto a Serasa, bem como, também tem sito gulosa na busca de aumentos no valor do Quilowatt-hora da energia elétrica fornecida aos alagoanos, de sorte que em 2019 e 2020 o reajuste nas contas dos consumidores foi de cerca de
16%. No caso do consumo industrial o aumento em 2020 foi de11,86% e, para este ano de 2021, deverá ser em torno de 13,03%. Há de se registrar que todos esses aumentos foram aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), criada para proteger o consumidor. Na contramão dessa proteção, a ANEEL aprovou na terça-feira passada, dia 27, um reajuste de 8,62% nas tarifas de energia dos alagoanos, aumento este que atingirá a 1,17 milhão de consumidores.

COVID-19: Vírus ataca as vozes do rádio (01)
Os radialistas arapiraquenses Clevânio Henrique, Nelson Filho, Claudio Barbosa e Waldo Cesar foram as quatro últimas vítimas infectadas pelo coronavírus, na cidade de Arapiraca. Dos quatro profissionais do rádio Claudio Barbosa foi quem teve os menores sintomas, não tendo sido necessária à sua internação hospitalar. O radialista encontra-se em casa, em isolamento social, sendo medicado. Clevânio Henrique e Nelson Filho foram hospitalizados, chegando a irem para UPI. Clevânio já recebeu alta hospitalar e encontra-se em casa, enquanto Nelson Filho e Waldo Cesar permanecem internados no Hospital de Emergia de Arapiraca, recebendo tratamento.

COVID-19: CPI dos processados (02)
A CPI aberta no Senado Federal, por determinação do STF-Supremo Tribunal Federal, que tem como objetivo detectar responsabilidade dos gestores encarregados do gerenciamento da política de combate a COVID-19, teve sua primeira reunião de trabalho, quando foram apresentados 332 requerimentos e o destaque maior da reunião foi o bate-boca entre os sete senadores oposicionistas ao Governo e os quatro senadores que apoiam o Presidente Jair Bolsonaro.
Uma curiosidade que merece destaque em relação aos 11 componentes dessa CPI, Senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE, Tasso Jereissati (PSDB-CE), Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Girão (PODE-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO), é que todos eles respondem processo na justiça.

SERVIDOR PÚBLICO: Governador anuncia reposição salarial

O Governador Renan Filho anunciou na terça-feira, dia 20, que todos os servidos públicos do Estado receberão seus salários com um acréscimo de 4,52%, que correspondente à reposição salarial correspondente à inflação do ano passado. Renan, entretanto, não especificou se os servidores aposentados também serão beneficiados com a reposição anunciada, esperando-se, outrossim, que os servidores inativos estejam incluídos no rol dos beneficiados.

JORNALISTA: Microempreendedor individual
Os jornalistas brasileiros que trabalham de forma independente, os freelancers, serão beneficiados no exercício da profissão caso o Projeto de Lei de autoria do Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), aprovado no dia 14/04, seja sancionado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro. O Projeto de Lei dá aos jornalistas freelancers que tenham receita bruta de R$ 81.000,00 por ano, a opção de se tornarem microempreendedores individuais (MEI), passando, com isso, a pagarem, a título de impostos federais, um valor único.
O Projeto tem ainda um longo cominho a percorrer, visto que, depois de aprovado no Senado Federal será encaminhado para a Câmara do Deputados onde também será discutido e votado e, caso seja aprovado sem alteração, seguirá para o Palácio do Planalto, para sanção presidencial.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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