Foi repórter e diretor geral da Radio Novo Nordeste de Arapiraca e titular da Comarca de Piranhas, na condição de Juiz de Direito.

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O despertar do Governador Renan

20/02/2021 - 11:12
Atualização: 20/02/2021 - 11:22

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Governador Renan Filho, popularidade perdida.
Governador Renan Filho, popularidade perdida.

A dupla derrota eleitoral em Arapiraca, nas urnas e na justiça, para Luciano Barbosa e a significativa derrota eleitoral em Maceió, para o jovem político JHC (PSB) e a velha raposa esquerdista Ronaldo Lessa (PDT), despertaram o Governador Renan Filho (MDB), do seu doce e encanado sonho, onde ele estava incorporando o personagem do senhor todo poderoso dono de Alagoas, do seu povo e dos seus votos.

Ao despertar do sonho, Renan Filho e o seu pai, Senador Renan Calheiros, ambos do MDB, buscaram a reaproximação política de Luciano que, nas urnas mostrou aos Renans, que quem manda nos votos de Arapiraca são os seus próprios eleitores, e, na justiça provou que, mesmo nos tempos atuais, de quando em vez, a lei e verdade prevalecem e a justiça se faz.

Nesse despertar, o jovem Governador pôs em prática o seu marketing político eleitoral usando, ampla e insistentemente, as redes sociais disponíveis para anunciar construção de quase uma dezena de grandes obras, realização de concursos públicos e até a sua pretensão de rever o duro e cruel castigo que aplicou aos aposentados, taxando os seus já reduzidos vencimentos, em 14% de desconto, a título de contribuição para a Previdência Social.

Essa “eficiente” gestão governamental de Renan Filho, demonstrada através das redes sociais é vista com desconfiança pela maioria do povo alagoano que vincula esse seu “fôlego” administrativo à sua eventual candidatura ao Senado Federal em 2022, quando vai precisar de muito trabalho e sorte para derrotar o Senador Fernando Collor (PROS), dono da cadeira que será disputada.

Resta esperar, pois, para ver se a gestão de Renan não é apenas virtual e, portanto, na prática pouca coisa ou quase nada do anunciando se concretize. Esperar, ainda, para ver se ele conseguirá reconquistar os votos que teve nas duas eleições passadas para governador e esperar, finalmente, para ver se Collor perdeu o misterioso carisma que tem e os votos que o eleitorado alagoano sempre lhes deu.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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