Dois destruidores da nação

O governo FHC, é preciso se reconhecer, foi indubitavelmente nas últimas 5 décadas o único a promover uma grande transformação modernizadora do estado brasileiro. Foi da sua época a consolidação do Plano Real que abateu a inflação herdada de governos anteriores, viabilizando a estabilização da economia e a consolidação do real. Que nos legou uma moeda que há um quarto de século circula em nosso país.

Foi também em seu governo que aconteceu a primeira leva de privatizações de empresas públicas, dando continuidade à agenda liberal iniciada pelo governo Collor. Como foi de sua lavra a criação do PROER (programa de estímulo à reestruturação e ao fortalecimento do sistema financeiro nacional) que de um lado preveniu a quebra dos bancos brasileiros à época com alta exposição no mercado cambial (o Brasil dispendeu 2,7% do PIB, com o mesmo intento EUA gastaram 5,3% do PIB e 10 anos antes o Chile gastou 19% do seu PIB e a Argentina, 13%) e de outro, reorganizou o sistema bancário nacional considerado hoje um dos mais modernos do mundo.

Em seu governo foram criadas as várias das agências reguladoras de vários setores da economia – um enorme salto qualitativo no arcaico modelo burocrático vigente – Aneel, Anatel, Anac, Ancine, ANA, ANS, dentre outras; foi de seu governo a iniciativa para a criação da lei dos medicamentos genéricos, enorme avanço nessa área; na área ambiental criou o pioneiro Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza; na área social instituiu o pioneiro programa bolsa escola, antecessor da Bolsa Família e agora do Auxílio Brasil; na área da educação fez aprovar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e criou o Enem.

Na economia, com o brilhante ministro Malan, foi responsável pela reorganização completa do sistema econômico nacional, não apenas com medidas moralizadoras como a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas também com uma proposta moderníssima e atual de gestão econômica baseada no tripé atualíssimo de cumprimento rigoroso das metas fiscais, operar na área cambial com o câmbio flutuante em relação ao dólar e, com o estabelecimento de metas para a inflação (que fez com que ao longo dos seus dois governos a elevação dos preços fosse de 12,5% em oito anos. É bom lembrar que Bolsonaro vai fechar UM ANO com inflação de quase
11%).

Como se vê, o que FHC construiu em termos do arcabouço legal na economia e de medidas modernizadoras nos vários setores da Nação, os governos petistas comandados por Lula e o de Bolsonaro trataram de, se não desfazer-se de tudo, ao menos avacalhar com todo o aparato estatal, especialmente na área de fiscalização. Os dois têm o “mérito” de ter aniquilado ou avacalhado com todos os organismos responsáveis pela fiscalização das atividades do governo. Um “legado” delinquentemente criminoso que esses dois indivíduos de nenhuma moral precisam ser cobrados nas próximas eleições.

Canalhas destruidores desta Nação!