colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

A maior lambança

24/10/2021 - 12:50
Atualização: 24/10/2021 - 12:55

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Agencia Brasil
Bolsonaro
Bolsonaro

Eu não vim para construir nada. Eu vim para destruir tudo. Foi assim que Bolsonaro resumiu em seu discurso de posse o seu “programa de governo” (sic!). De lá para cá, ele tem se esmerado em cumprir sua promessa tsunâmica, derrubando ou eliminando paulatina e criminosamente todos os pilares econômicos deste país, e levando o Brasil a uma espiral de teses golpistas, explosão da corrupção, do crime organizado dominando grande parte das cidades, de retrocessos nas áreas social e cultural.

Na área econômica, a paralisação da tramitação das reformas estruturais, foi o sinal do começo do pesadelo econômico que estamos vivendo. Sem as reformas o país vai continuar a chafurdar no regramento elitista que o paralisa e espolia.

A partir daí, a regra foi descumprir uma a uma suas promessas de campanha para a economia. Levando primeiro à desmoralização e agora ao escárnio da Nação, o seu “posto Ipiranga” um técnico que rasgou todas as suas convicções liberais para atender ao patrão semialfabetizado, incompetente, corrupto e mentiroso. Especialmente após o chefe entregar ao Centrão-Ladrão a chave do cofre.

Durante seus quase 3 anos de des (governo) ele seguiu na sanha perversa de assassinar (termo bem ao gosto bandoleiro-covarde do sujeito) todos os fundamentos econômicos que lhes surgissem a frente.

Resultado: os investimentos do governo federal chegaram ao mais baixo nível de todos os tempos; a taxa de juros explode, a inflação superou os 10% ao ano (vai continuar z crescer e arrebentar ainda mais com os pobres e assalariados), o câmbio se descontrola, o dólar vai a píncaros, o risco Brasil aumenta, a divida interna já ultrapassa os 90% do PIB e não baixa, aumenta a fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), encarece a captação de recursos financeiros para financiar o serviço da dívida (os fundos “abutres”, o pior tipo de credor que um país pode almejar, já se fazem presente no refinanciamento da dívida).

O consumo interno se reduz, os preços dos alimentos foi às alturas e devem demorar a sair de lá, o botijão de gás a 130 reais, a água e a energia consumindo 30% do salário mínimo, a gasolina custando 6,5 reais, o IGP-M (que reajusta os aluguéis) a 37% a.a., e o salário mínimo (receita de aproximadamente 50 milhões de assalariados) será reajustado para 1.192 reais...

Agora ele acaba de arrebentar o último bastião da organização fiscal do país e está fazendo aprovar no Congresso do Centrão-ladrão proposta de aumento de recursos para o programa bolsa-família (agora com o nome de Auxilio Brasil) para os miseráveis deste país. Sabem o que esse sujeito está contratando para 2022 e 2023?

O aprofundamento da recessão (portanto, mais inflação, mais perdas para os pobres e valores reais menores a cada mês para o tal do auxilio Brasil). Ou seja, ele está dando aos miseráveis com a mão eleitoreira de um lado, e tira com a outra mão, via a insidiosa inflação. Uma perversidade para com os pobres e a Nação.

Perversidade que só não é maior que sua incompetência abissal, perde até para a Dilma, aquela das frases muito estranhas e desconexas que acredita em seus desvarios que governou o Brasil (sic!). Na verdade, ele está é contratando uma baita sinuca de bico para o próximo presidente da república. Que não será ele e torço também para não ser o corrupto petista que quebrou o país.
Ao arrebentar com o teto de gastos o último bastião do equilíbrio fiscal a sustentar seu desgoverno, acaba de contratar o aprofundamento da estagflação (tragédia que já começamos a vivenciar) e, promove a desvalorização de todos os ativos. Um desvario!

Toda essa bagaceira prá ver se ainda dá tempo de recuperar a candidatura perdida. E para isso não mede consequências: vai dar um calote nos precatórios, dívidas do governo junto aos proprietários daqueles títulos na base do devo não nego, pago quando puder. Com isso ele não apenas comete crime de pedalada fiscal, como sinaliza para os credores da dívida brasileira que podem – a qualquer momento – serem eles as próximas vitimas do jeito Bolsonarista de desgovernar. É tudo uma loucura.

Toda essa “loucura programada” tem preço. Para arranjar na marra os 90 bilhões de reais para pagar o eleitoreiro e infausto auxilio Brasil, ele vai ter pagar mais outro “pedágio” (sic) à suas excrescências parlamentares. Toda essa vigarice tem endereço certo: o facínora quer se reeleger e suas excrescências querem voltar a se lambuzar de tanta corrupção Exatamente como alertei domingo passado.

Vem aí mais uma temporada de pixulecos para as excrescências parlamentares. Foi por isso que esses bastardos durante todo tempo ficaram empurrando de barriga uma saída concreta para ajudar os pobres: queriam a prorrogação do infausto auxilio Brasil, pois sabiam que iriam - de novo – levar um por fora para suas campanhas. Haja campanha para justificar tanto roubo descarado.
A (in) justiça brasileira poderia uma vez na vida dá um basta nessa camarilha que dominou o Congresso e se apropriou do Orçamento da Nação para cometer as maiores barbaridades ladravazes. Mas como a nomeação diz, é a (in) justiça, dai...

O que está acontecendo no Brasil nesta época de desmandos do presidente, corrupção à luz do dia de deputados e senadores e de um judiciário cada vez mais distante dos seus primados, só pode ser explicado pelo clima de “baile fiscal” que tomou conta de Brasília. As ratazanas fazem a festa antes que a turma do desinfetante chegue.

Mas será que virão?

Se não, serão mais 4 anos de cão.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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