colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

1.000 dias de infâmia, desmandos e desasossegos

28/09/2021 - 11:13
Atualização: 28/09/2021 - 11:20

ACESSIBILIDADE

Agência Brasil
Bolsonaro em discurso
Bolsonaro em discurso

No discurso de posse de Bolsonaro, seu autor (nem isso ele consegue fazer) ao inserir a frase “eu não vim para construir nada, eu vim para destruir” (tudo, dizem os brasileiros obrigados a conviver com essa aberração na presidência da República), certamente desenhou um cenário onde a Fênix (Bolsonaro) sairia de espada na mão a destruir todos os malfeitos da Nação (sic!).

Certamente o autor não conhecia o destinatário do seu discurso. Ou como um bom Bolsonarista, inaugurou já no discurso de posse a coleção infindável de fake news criadas ou alimentadas pelo Mito (sic!), vá lá se saber...
O certo é que Bolsonaro acaba de completar indigitados 1.000 dias à frente da Nação fazendo exatamente o oposto do espirito do discurso de posse, acabando com tudo, promovendo a maior, a mais inaudita e desastrosa desarrumação estrutural, social e econômica da Nação como jamais havia acontecido em qualquer outro governo anterior durante a república.

Temos pela frente mais 460 dias para aturar essa figura malsã e seus acólitos, a maior parte bandidos, trânsfugas, corruptos condenados, pessoas com ficha corrida mais extensa que os maiores bandidos do país, ex-presidiários em posições notórias e as excrescências parlamentares que são ou circulam em torno do mais que notório Centrão, uma usina de corrupção gerenciada por excrescências parlamentares e pessoas situadas nos altos escalões dessa república de bananas em que Bolsonaro transformou o Brasil.

Seu (des) governo corrupto, eivado de milicianos, de filhos e assessores processados por dobradinhas, por aquisições suntuosas de imóveis em Brasília pela “nova família real” do Brasil, aquela que tudo faz e nada lhes acontece nessa justiça de polichinelo que temos (estão “ganhando” até dos filhos do Lula , aquelas sumidades que de repente viraram empresários de sucesso e quebraram com a queda do PT do poder), é um paraíso para malandros, canalhas, rufiões e toda a sorte de desclassificados que sempre varejaram o poder federal, mas nunca tiveram tanta liberdade e acesso ao poder como neste governo prevaricador.

Cujo primeiro feito foi brecar a tênue recuperação econômica que se insinuava no final do governo Temer e entregar pífios 1,4% de crescimento (?) em 2019, percentual que já se desenhava repetir em 2020, não fosse a pandemia que terminou por derrubar o PIB em 4,1% naquele ano com a quase paralização da atividade econômica.

Este governo, não podemos esquecer, é o mais negacionista do mundo quanto o assunto é a pandemia da COVID-19 que já alcança o imoral, indecente e criminoso número de 600 mil mortos, dos quais estudos estimam que 1/3 poderiam ter sobrevivido, se Bolsonaro além de nada fazer para ajudar no combate ao vírus, não tivesse atuado direta e agressivamente para tumultuar os trabalhos de Estados e municípios que tiveram que tomar à frente das medidas de contenção. Um crime que precisa ser cobrado do facínora. Se não aqui, pela esculhambação que virou o aparato de justiça, em Haia, de onde ele não terá como escapar já que sua “cama “ está feita por lá.
Como não vamos esquecer das suas tresloucadas, descabidas e criminosas ameaças golpistas com que esse mito de calças curtas vem tentando ameaçar a população e levando ao desassossego a família brasileira. Outro crime que tem que imputado a esse sujeito e dele cobrado na justiça.

A absoluta e já irreversível bagunça que virou a economia deste país nessa (indi) gestão à frente do Brasil é algo inenarrável. Hoje, todos os fundamentos econômicos se “esfarelam” como se fossem parte de um castelo de areia. A inflação já chegou a 10%, logo, a continuar esse despautério que aí está, podemos começar a cogitar uma estagflação (tenho alertado sobre isso de forma insistente) o pior dos mundos.

Se hoje já está péssimo, em estagflação a coisa tende a se tornar insustentável do ponto de vista dos negócios e da insegurança social numa nação que já convive com mais de 30 milhões de pessoas em situação critica de pobreza e desemprego.

Caminhamos cada vez mais para o destroçamento total da economia, tendo como responsável um outrora respeitado economista que se tornou títere do mito de calças curtas, um irresponsável cujo único objetivo (que, aliás, já se esvaiu e só ele não vê) é se reeleger e continuar atazanando a vida dos brasileiros, acabando de enterrar qualquer veleidade de recuperação econômica para os próximos 5 anos e patrocinar a “arrumação” da vida da sua família. Um corrupto.

A lista de “desfazimentos” desse governo é longa e interminável. Relembrá-las é sofrer duas vezes. Mas também não podemos esquecê-las. São marcas indeléveis que esse sujeito deixará marcada em nossas vidas e no inconsciente coletivo da Nação.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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