colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

A saída do lodo é pelo Centro

09/05/2021 - 07:04
Atualização: 09/05/2021 - 07:08

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Nos 17 anos anteriores ao desastre Bolsonariano, o Brasil primeiro foi varrido pela maior onda de corrupção e roubalheira jamais praticada de forma tão escancarada sistematizada – quase à luz do dia - como as cometidas pelos governos petistas contra a Nação, com Lula comandando, levando o país à bancarrota.

Depois, foram mais dois anos da gangue emedebista (que substituiu a petista). A do presidente da cara de vampiro de filmes hollywoodianos de segunda e gestos teatrais ridículos, assombrado desde seus primeiros dias pelos fantasmas dos flagras do deputado saltitante levando dinheiro roubado que segundo a JBS era destinado a Temer ou, pela “orientação” dada ao presidente da JBS para continuar corrompendo o ex-presidente da Câmara dos Deputados, mesmo este preso!!!

Os dois grupos aqui citados (e os demais da baixa politica deste país tem em comum):

1) O total desprezo às demandas reais da Nação e foco único em seus interesses corruptos, ladravazes.

2) A fome pantagruélica da súcia parlamentar diante dos recursos públicos criminaliza a prática política, levando-a para abaixo do esgoto, prontos que estão para serem “convencidos” a votar qualquer tema, invariavelmente, sempre muito distantes dos interesses da Nação.

3) A transformação dos partidos políticos em sinecuras “especializadas” em se apropriar dos fundos eleitorais (imorais por sinal, quase criminosos) para beneficiar seus grupelhos dirigentes e divorciados das suas finalidades enquanto entes do comando político do país.

4) A certeza da impunidade dessas “excrescências” quando (e se) seus casos chegarem na nossa (in) justiça brasileira, como na recente e lamentável pantomina protagonizada pelo Supremo para livrar o então Luladrão condenado em três instâncias e transformá-lo em homem livre e apto politicamente, sob as mais escalafobéticas desculpas. E aproveitando o “embalo” para “condenar” o ex-juiz Moro como suspeito na condução dos processos do corrupto. Escrota decisão de solta o ladrão e “prende” o juiz.

Más decisões do Supremo que já ensejam aos assaltantes do dinheiro público (e são muitos...) se sentirem à vontade para voltar a delinquir em suas relações cinzentas nos três níveis de governo. É a porta aberta para a corrupção voltar a correr solta neste país.

O exemplo já frutifica. Esta semana foi a vez do “livra geral” para a gangue emedebista liderada por Temer e asseclas, que teve seus processos anulados por mais uma dessas “excelências” do judiciário brasileiro que, de uma penada só, deu o “salva geral” prá gente do tipo de Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Moreira Franco, Coronel Lima e notórios rapineiros abrigados naquele que já foi o partido do grande Ulisses Guimarães.

Logo, as duas gangues (petista e emedebista) e as demais, claro, estarão batendo às portas dessa mesma “justiça” para buscar “reparar os danos” que suas imagens sofreram por “acusações eivadas de mentiras” assacadas contra eles, exigindo reparação financeira por isso.

O (des) governo Bolsonaro veio a calhar para que a bandalha que estava reprimida aos bastidores dos poderes pudesse se materializar, agora à luz do dia. Despreparado, fraco politicamente, com sérias dificuldades para explicar suas relações espúrias com milicianos de suas bases no Rio e, por isso, promovendo o desmonte das estruturas de governo para tentar se proteger do que fatalmente baterá à sua porta, sem propostas para tirar o país da crise e, neo aliado do famigerado Centrão, tornou-se o “prato feito” para as raposas felpudas do planalto se rearticularem e voltar à pilhagem do dinheiro público e dos direitos da Nação.

Em profunda crise moral, econômica e social, o Brasil precisará ser reconstruído. Sem Bolsonaro ou Lula, as duas faces da mesma pestilenta moeda. Sair do lodo purulento que tomou conta de suas entranhas e do esculacho a que está submetido. Precisamos urgente retomarmos o Norte do nosso futuro. Está – de novo – quase tudo por fazer.

O caminho mais viável para tal é pelo Centro. Mas é preciso trazer propostas viáveis ao debate, conquistar o povo tão descrente depois de tantos e tantos sobressaltos, iluminar os horizontes do país além da visão corrupta do inferno petista-Lulista ou a do Bolsonarismo vulgar, facínora e sem propostas para a Nação.

Há espaço para isso. Faltam, as propostas e as pessoas para liderarem o processo. Não é pouco.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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