colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

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A derrota de Trump, Braskem e pesquisas. É só confusão

18/11/2020 - 14:21

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Apesar da derrota e do papelão que está fazendo ao tumultuar os resultados das urnas, é preciso atentar para o que está por detrás do personagem Donald Trump. Carlos Melo, professor do Insper, assim o define: “Trata-se de um homem grosseiro, de carisma duvidoso; rude nos gestos. Um canastrão, um Quixote da direita, franco atirador movido pela vaidade pessoal, um hedonista inebriado pelo poder”. (Lembram-se de um tal de Bolsonaro?) 

Mas, goste-se ou não, o resultado obtido por ele na eleição presidencial americana é claro: existe 70 milhões de pessoas que o apoiam e concordam com sua postura e ideias extremadas, personalistas e desagregadoras. Este é o fato concreto.

É de onde vem a sua força. De um exército de apoiadores cegos às suas idiossincrasias e seguidores fiéis de suas atrabiliárias decisões e visão distorcida de mundo. São os sem profissão, sem empregos, párias, precarizados, extremistas de direita, mas, também, significativa parcela da classe média é menor dos ricos, esperançosos do cumprimento de suas promessas demagógicas e irrealizáveis.

Duvida? É só observar a inexistência de grandes medidas tomadas por sujeitos como Trump, Bolsonaro e similares em favor dessa claque gigante de desfavorecidos e de sonhadores do mundo da Branca de Neve que lhes seguem. Eles são incapazes de qualquer iniciativa catalisadora de forças para realizar qualquer mudança. Muita espuma e pouco brilho constituem seus rasos portfólios demagógicos. 

Eles, no entanto, são eficientes na capacidade de enganar, mentir, tergiversar, explorar a ignorância de incautos, o ressentimento de muitos, em atrair desequilibrados e extremistas de todos os naipes para assenhorar-se dessas pessoas como se fossem os seus donos, Deus. 

A democracia, apesar de ser o melhor dos regimes, não vem sendo capaz de resolver a ingente questão da desigualdade, e é da não resolubilidade destes problemas e do cada vez maior acesso às comunicações e à tecnologia, que surgem essas figuras malsãs e o exército de sonâmbulos que os seguem, presas fáceis, que servem unicamente para saciar o viés populista e ditatorial dessas criaturas iliberais.
E é isso que os leva ao comando (do qual nunca querem sair de bom grado). É um alerta. Vermelho. Só não vê quem não quer. 

BRASKEM = PROBLEMAS - A empresa anuncia o reinicio das atividades da indústria no Pontal da Barra, desconsiderando a palavra do governador de que a reabertura somente se daria após solucionados os problemas dos bairros de Maceió que ela fez morrerem. O governador vai se posicionar? Ou a indústria vai levar mais essa de barriga em detrimento de Alagoas?

PESQUISAS DISCREPANTES EM MACEIÓ – Em pesquisa divulgada hoje (11) o Ibope afirma que Alfredo Gaspar está com 26%, JHC com 22% e Davi Davino com 19%. Já o Instituto Data Sensus também divulgou hoje (11) pesquisa que indica Davi Davino à frente com 18,8%, seguido de JHC com 18,2% e Alfredo Gaspar com 17,4%. O tamanho da diferença dos números entre uma pesquisa e outra é de cerca de 30%. É certo que alguma coisa está muito errada nessa história. Cheiro de manipulação dos números no ar? A ver.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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