TSE deve uma explicação plausível à nação
Nos últimos dois anos o país viveu tensionado por um desgoverno que a cada dia aprofunda o tamanho da crise econômica brasileira que de relevante passou a gigantesca com a pandemia e caminha célere para se tornar tsunâmica no próximo ano, se medidas econômicas duras e urgentes não forem tomadas já.
Politicamente a coisa não ficou para trás, a enorme instabilidade provocada por este senhor que está a frente da Nação, suas únicas preocupações com a reeleição, defender os filhos corruptos ameaçados de desvios de dinheiro público, se defender do impeachment pelo oceano de crimes que já cometeu à frente dos destinos do Brasil e a defesa apaixonada de Trump (sic) foram uma constante nesses últimos 21 meses.
Nossa institucionalidade desde que esse sujeito assumiu anda por fio. A justiça (embora na hora H o STF tenha dado um chega prá lá no candidato a ditador) pouco ajuda com as arbitrariedades sequenciais praticadas por membros individuais do próprio Supremo, ou de outros tribunais superiores.
A Nação cansada de ser espoliada e feita de besta, mais uma vez, bovinamente, foi às urnas para eleger a maioria dos mesmos de sempre e grande parte dos que estavam fora e conseguiram agora retornar. Novidades, mudanças? O modelo não está desenhado para isso. Que o digam os candidatos novatos, que por mais que tenham bons serviços prestados ficaram pelo caminho.
A compra de votos nas campanhas de vereador refletida nos conhecidos cadastros é o padrão. E o que dizer dos redutos milicianos onde quem lá mora é obrigado a votar em bandido para “representá-lo” (sic), ou em redutos dominados pelas quadrilhas das drogas que repetem o mesmo modelo? E o que falar da prática generalizada Brasil afora das rachadinhas tornadas públicas pelas falcatruas do filho senador do presidente, mas que é coisa corriqueira em todos os parlamentos deste país e ajuda a reeleger ladrões do dinheiro público?
Nossas eleições são, na verdade, e tão somente, a fórmula política encontrada para eternizar no poder os mesmos de sempre, de formalizar esse estado aberrante de coisas a que chegamos. Agora, quando, além disso, a Nação ainda tem que quedar e engolir que o decantado sistema de votação eletrônica travou exato na hora de contar os votos, aí a meu ver é um pouco demais para o estágio de degradação política que vivemos.
Nunca é demais lembrar o soturno episódio ocorrido na reeleição do poste do Lula à presidência, quando o TSE se trancou em copas e três horas depois entregou resultados que levaram o candidato da oposição a denunciar o placar final das eleições, com as consequências que isso representa.
O que de fato, foi muito estranho, já que naquela ocasião o candidato oposicionista, mineiro, político de larguíssima tradição no seu Estado e ainda por cima, recém-saído do governo do Estado com ótima avaliação, depois das 3 horas tenebrosas em que o país ficou sem informação perdeu em Minas por 3 milhões de votos. Coincidentemente, a mesma diferença do total da eleição...
O apagão de ontem do TSE, só vai servir a uma única falange: os famigerados bolsominions que, sabendo que iam se da mal nas eleições, já vinham acusando-as de fraudulentas. E para “explicarem” por que Bolsonaro foi o grande derrotado nessas eleições.
Incompetência absurda. Em pleno século XXI, o mais avançado sistema de computar votos do mundo não pode deixar a Nação na mão como ocorreu ontem.
Lamentável.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA