colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Plano ? Que plano ?!

05/10/2020 - 13:18

ACESSIBILIDADE


Estamos no início do período eleitoral para prefeito e vereador de todas as cidades do país. Uma campanha mais curta em razão da pandemia. Uma excelente oportunidade para os candidatos mostrarem sua competência, conhecimento de suas urbes e propostas em prol das suas cidades. Mas o que se prenuncia é o mais do mesmo de sempre na tentativa de engabelar o eleitor de novo.

No caso dos candidatos a prefeito, obrigados por lei a apresentarem seus programas de governo quando do registro da candidatura perante a justiça eleitoral, o que se vê é o mais fragrante desrespeito para com o eleitor, a cidade que pretendem governar (sic) e a democracia. 

Políticos tratam seus “programas de governo” como um documento para inglês ver. Eleitos, esquecem as promessas ali contidas e vão em frente com o “modelito” fielmente seguido por todos, que resulta sempre em prejuízo para a população e muitos benefícios para “eles”. 

Daí que, em geral, os programas de governo são um ajuntamento anódino de programas elaborados anteriormente por outros candidatos (da cidade ou de qualquer lugar, já que vai virar lixo mesmo), que, por sua vez, provavelmente também cópias de programas anteriores. 

No que resultam em platitudes imbecilizantes tipo “elaborar e aprovar o novo plano municipal de saúde”, ou boçalidades inúteis como “ substituir o atual complexo de regulação de acesso aos serviços de saúde por outro sistema de regulação”, ou absurdos enigmáticos como “universalizar o acesso a 100% (sic) das ações e serviços de atenção básica...”, e vai por aí.

Os três exemplos acima estão contidos, nos respectivos programas de governo registrados no TSE dos três candidatos a prefeito de Maceió com maior intenção de votos. No momento não vamos identificá-los, dando-lhes o benefício da dúvida da não leitura acurada, dada a natural correria de campanha. Mas vamos aguardar mudanças nos mesmos. Maceió merece coisa muito melhor. Chega do mais do mesmo. De enrolação. De meias verdades.

O que a população quer saber dos candidatos é como eles irão fazer (e com que recursos):

a) Para acabar de vez com a poluição das nossas praias e do Salgadinho que tanto prejudicam a principal fonte de renda da cidade, o turismo, a saúde do maceioense e dos turistas
b) Em relação à retirada da Braskem do Pontal da Barra (que ameaça diretamente a mais de meio milhão de pessoas em caso de acidente grave)
c) Para recuperar áreas, uma das mais bonitas da cidade para a expansão imobiliária (que trará bilhões de reais de investimentos) para a cidade no médio e longo prazo
d) Enfrentar os graves problemas gerados pela Braskem em 20% da área da capital ou se vão continuar a política do esconde-esconde da verdade que somente beneficia quem provocou o problema e prejudica a milhares de maceioenses
e) Para acabar com a fila nos postos de saúde e com a falta de remédios para quem precisa
f) Para tirar Maceió da vexaminosa posição atual no PISA e alçá-la aos primeiros lugares
g) Para urbanizar a mais bela lagoa do Brasil tornando o seu entorno numa das áreas mais valorizadas do município
h) Qual é a visão urbanística de curto, médio e longo prazo do candidato para Maceió
i) Resolver o grave problema estrutural e o eterno estado falimentar da Prefeitura de Maceió
A população aguarda respostas a esta e outras questões tão ou mais importantes que o espaço não permite estender, e não mais tergiversações que derivam de mentiras.
Ao longo dos próximos 45 dias estaremos formulando esses e outros questionamentos até que eles sejam cabalmente respondidos pelos candidatos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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