colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Ema toma cloroquina?

31/07/2020 - 08:56

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Nos primórdios da chegada da COVID-19 no Brasil o, presidente da república “candidamente” descobriu que o vírus “iria acabar com o governo” dele e com suas pretensões ré eleitorais declarando isso alto e bom som para que nenhuma dúvida restasse quanto às suas intenções politicas. 

E foi a partir daí que ele (e outros 4 ditadores de meia tigela mundo afora) passou a negar o potencial medonho da epidemia para a economia do país e a vida das pessoas e a investir cada vez mais agressivamente na suas tristemente conhecidas posturas negacionistas e no vale tudo da reabertura das atividades econômicas, sem qualquer houvesse qualquer recomendação sanitária nesse sentido.

Intelectualmente limitado, culturalmente acéfalo de conhecimentos que não os rudimentares e incapaz de expressar uma linha de raciocínio além do tosco linguajar das ruas, passou a se expressar monossilábica ou grosseiramente quando provocado pela mídia em relação a crise com expressões do tipo “E daí?” “Sinto muito, mas todos temos que morrer um dia”, etc. para defender sua posição de que a enorme pandemia não passa de uma “gripezinha”. 

Não é uma gripezinha. A covid-19 já matou 90 mil pessoas e caminha célere para chegar no final de agosto com mais um triste recorde: 125 mil vidas ceifadas. Muitas delas evitáveis, se medidas profiláticas como o distanciamento social não tivessem sido tão boicotadas pelo presidente e seu governo. Ou se os recursos represados pelo governo federal (liberou até agora apenas 39%) para o combate a epidemia tivessem chegado a tempo aos Estados e municípios para ampliar e melhorar a qualidade do atendimento às pessoas.

Nesse quesito, o presidente vai ter explicar muito bem a sua cruzada boicotista a uma atuação adequada e mais incisiva do ministério da saúde no combate à epidemia, e porque, em pleno auge da crise, demitiu dois ministros que não se submeteram a seus caprichos anormais de defender o indefensável, de aceitar participar da pantomina que ele protagoniza envergonhando o país no mundo inteiro.

Não fosse a justiça brasileira o que é esse senhor já deveria ter sido interditado há tempos por suas atitudes francamente contrárias à defesa da vida dos seus concidadãos que ele jurou defender ou, por suas tentativas golpistas engendradas em plena crise contra a democracia brasileira, ou por sua atuação limítrofe em defesa dos filhos aliados de milicianos e praticantes de rachadinhas. 

Aliás, nessa seara ainda não ficou bem explicado o vultoso cheque que sua mulher recebeu do tristemente famoso miliciano Queiroz, como também o caso das vans que ele possuía fazendo “linha” ilegal justamente em áreas dominadas pelo milicianismo do Rio de Janeiro...

Depois de muito promover a desobediência civil ao uso da máscara - fundamental para minimizar o contágio entre as pessoas, de circular e provocar inumeráveis aglomerações país afora - de incentivar o uso de um produto reconhecido hoje mundialmente como inócuo para o combate ao vírus e com potencial para causar sérios problemas à saúde das pessoas, ele se infectou pelo vírus.

Para sua sorte – é idoso – de forma mais leve, mas não perdeu a ocasião de se tornar mais uma vez, numa piada mundial ao ser fotografado mostrando para uma ema do palácio onde reside uma caixa do remédio que defende para combater a covid-19. Dado o histórico de histrionismos provocados por ele, há de se perguntar, estaria tentando “convencer” a ema tomar o remédio?

Triste o país com lideres do naipe de um Lula, de uma Dilma ou de um Bolsonaro. Perdemos 13 anos com o petismo de resultados, vamos perder mais 8 anos com uma figura dessas que aí está?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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