colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Suprema vergonha

06/07/2020 - 13:05
Atualização: 06/07/2020 - 13:08

ACESSIBILIDADE


Nos anos 1970 foi a crise do petróleo, na década de 1980 a crise da dívida externa, na década de 1.990, o Plano Collor, nos anos 2010, o quase default com a roubalheira petista da qual ainda não havíamos saído, e agora a crise causada pela epidemia do covid-19, que vai nos tomar no mínimo (sendo ? Um país com o potencial do Brasil não tem quadros e expertise suficientes para encontrar outraotimista) os primeiros 5 anos desta década.
Desde os anos 1970 não tivemos sequer uma única década de sossego.

É acabando de sair de uma crise e entrando em outra. Por ques que não as que desemboquem em outra crise?

Aparentemente parece que não. Basta ver os últimos três “líderes” (sic!) que este país elegeu à Presidência da República, um bêbado, mentiroso e ladrão, uma semialfabetizada (que disse que tinha doutorado e a mídia de esquerda escondeu) e levou o país à bancarrota em 4 anos e, este que aí está. Somos mesmo hours concours. Temos mesmo complexo de vira lata. Eleger figuras desse naipe é querer brincar com o futuro do país. E o resultado sempre vem a galope. Há 4 décadas este país parou de crescer e está ameaçado de perder esta que se inicia.

Se não podemos contar com os políticos pelo histórico das traficâncias da grande maioria, poderíamos contar com a justiça? Com o Supremo? Também parece que não. 

Na mesma semana em que pesquisa Datafolha mostrou o total apoio da população ao STF contras as ameaças fascistas de defensores do governo federal (75% da população opinou em defesa da justiça), a resposta do STF veio em forma de um tapa na cara da Nação com sua decisão vergonhosa, imoral, indigna, capaz de corar até a velhinha de Taubaté do Veríssimo.

Suas supremas figuras majestáticas decidiram contra o país, contra seu povo e contra o nosso futuro enquanto Nação, que a crise pós-pandemia da covid-19 é para ser paga pelo cidadão brasileiro, você, eu, nós. Exceto eles, os funcionários públicos.

Isso mesmo. O STF acaba de elevar o serviço público nacional, esse portento de produtividade, eficiência e capacidade a uma bolha protetiva, ao determinar que a quebradeira do Estado brasileiro e dos entes subnacionais, deverá ser bancada pelo cidadão comum, médicos, professores, balconistas, auxiliares de serviços gerais... Você.

Ao PROIBIR que se reduzam salários e jornadas de servidores públicos, o STF deixa de fora do brutal ajuste que terá que ser feito nas contas nacionais logo, logo, os privilegiados “barnabés” encastelados nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário deste pobre país.

a população ceifada pela epidemia, com enorme exército de 12 milhões de desempregados antes da crise, que acaba de perder mais 7,5 milhões de empregos, aos quais se somam mais de 9 milhões de trabalhadores em jornada parcial e/ou com redução salarial, além dos quase 40 milhões de informais, é quem vai pagar o pato. Este país tem hoje mais gente desempregada que pessoas empregadas. Uma calamidade!

E são essas pessoas e nós, que vamos ter que segurar no lombo a carga dessa crise que já está à porta. Que vamos ter que sustentar o exército de parasitas do setor público. Que vamos passar apertos. Muitos de nós ficaremos sem comida em casa para que eles se refastelem em seus regabofes milionários e nas suas costumeiras roubalheiras. 

omos nós que vamos ver nossas empresas fecharem. Que vamos penar para manter nossos filhos na escola, perder o plano de saúde e que estamos perdendo a vida. 

brigado STF por nada. A Nação que lhe apoiou num momento crucial agradece a retribuição.
Até quando vai esse despautério?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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