colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Farinha do mesmo saco

28/05/2020 - 10:00

ACESSIBILIDADE


Há algum tempo venho sendo tentado a escrever alguma coisa sobre a relação simbiótica entre Lula da Silva e Bolsonaro. Ainda não havia enveredado por esta senda na esperança – vã- que o atual presidente enxergasse alguma luz e alterasse o rumo que vem imprimindo ao seu governo. Perdi a esperança numa reviravolta já há algum tempo e agora sou um cético que votou com ele para impedir o retorno dos vermelhos. 

Os dois, como afirma Editorial do jornal Estado de São Paulo da última quarta-feira, “tanto o presidente da república quanto o chefão petista se associam na mais absoluta falta de escrúpulos, em níveis que fariam Maquiavel corar”. 

Até por que ele em sua obra o Príncipe, fazia uma ressalva: “o governante jamais deve colocar seus interesses pessoais acima dos interesses do Estado, nem agir como se seu poder fosse ilimitado. “O príncipe que pode fazer o que quiser é um louco”. 

Lula da Silva e Bolsonaro veem o seu papel no mundo sobre a mesma ótica. São mais que siameses, são almas irmãs. Tudo, mas tudo mesmo que fazem, só tem um único objetivo: eles mesmos, suas vaidades incontidas e seus projetos de poder. Ambos semiletrados e ignorantes culturalmente. Um dissimulado, o outro truculento.
Aquele personagem famoso do Chico Anísio tinha uma frase que cabe como uma luva na boca e na cabeça dos dois: O povo que se exploda! Sejam seus eleitores ou não, o povo é mero adjutório dos desvarios totalitários dos dois. Um pela esquerda, outro pelo radicalismo. Não precisamos ir muito longe para provar isso. 

Recentemente o ladrão petista condenado e em cumprimento de pena, disse com todas as letras “ainda bem que a natureza criou esse monstro chamado coronavírus para que as pessoas percebam que apenas o Estado é capaz de dar a solução, somente o Estado pode resolver isso”. 

Declaração ignóbil de um boçal analfabeto (que se autoelogia por sua “analfabetês”), sem qualquer resquício de retidão moral, que se utiliza do sofrimento de uma Nação inteira para fazer política do mais baixo calão em defesa de um Estado, moldado à sua feição: pronto para ser assaltado por ele e seus asseclas por todos os tempos. Canalha é o mínimo que se pode dizer desse sujeito. 

Bolsonaro com o seu infame “E daí?” que mostrou todo seu desdém pelo povo brasileiro assim como sua brincadeira do pior mau gosto em defesa da droga com que ele pretende “salvar” o país, mas que é condenada por todos os demais países do mundo como inadequada para o tratamento do Coronavírus: “Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma Tubaína”. Como se toda a população de 75% de pessoas que não o apoiam fosse de esquerda. Doentio. Aliás, ele não é de direita. É apenas isso sim, um radical em busca do poder total.

Os dois, Lula e Bolsonaro, são a face mais visível da deterioração política a que este país esteve submetido nos últimos 35 anos, desde o final dos governos militares. Lula desde seus primórdios, trabalha visceralmente para cindir o país na defesa da implantação de um Estado totalitário em que ele seria o “Deus”. 

O que se chama de Bolsonarismo - é preciso chamar a atenção para isso, já que a mídia de esquerda procura taxá-los do que eles não são: de direita e, menos ainda conservadores ou liberais - é um amontoado de radicais sem qualquer ideário político. 

Baderneiros recrutados dos bolsões violentos do país, inocentes úteis sonháticos com um mundo que não existe, apoiadores de uma ditadura, e sim, uma fatia dos militares que precisa urgente avaliar o desgaste que é apoiar um governo como esse.

Seu “líder”, egresso do baixo clero do Congresso e do seio do Centrão de onde saiu para ser candidato outsider, apesar de nunca ter liderado ninguém na vida, só existe por que havia um PT ameaçando o Brasil.
Os dois, Lula e Bolsonaro são farinha do mesmo saco, unidos por sua sede de poder absolutista. É preciso, em nome da democracia, não permitir que eles alcancem seus intentos ditatoriais.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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