colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Enquanto é tempo

21/05/2020 - 08:40

ACESSIBILIDADE


A Alemanha nazista produzia morte. A Alemanha democrática de hoje produz pessoas humanistas, solidárias (vá bem, ainda há tarados que defendem Hitler). O Japão pré-segunda guerra era uma nação xenófoba, invasora. O Japão que emergiu no pós-guerra é uma nação ordeira, pacífica, cosmopolita. Mudanças que vieram pela dor.

O Brasil da bossa nova (anos 50 e 60) era um bonito, lírico, amigável (ok. Era o Brasil da Zona Sul do Rio de Janeiro, mas influenciou de forma imorredoura toda a Nação). Construiu-se na música, na poesia, na literatura, um lugar cosmopolita, sedutor, sofisticado na sua simplicidade e casual na modernidade que chegava. O Rio era o Brasil é o Brasil se espelhava no Rio.

Hoje vivemos sob um regime de ódio. Que não vem de agora, Bolsonaro é tão somente um subproduto do ódio petista disseminado pelo país com o famigerado “ele contra nós”. Deu no que deu. Os donos do veneno estão experimentando na carne o poder do mal que disseminaram.

Cultiva-se há anos neste país (pelo menos 15 anos) a incivilidade, o tosco (é só ver o grau intelectual de Lula, Dilma e Bolsonaro). A racionalidade e a inteligência passaram a ser artigo de luxo no âmbito tóxico que vivemos. O simplório toma conta, chafurda-se no pensamento rastaquera, abraça-se o negacionismo, ignoram-se evidências, renegam-se dados verdadeiros.

Mas não se pode apenas apontar o dedão para os governantes, os políticos, para a justiça. Eles também são um subproduto do que este país é, sempre foi. Se o Brasil fosse uma praia, estaria ostentando um aviso sombrio: Condições impróprias para o banho.

Estamos na era pandêmica do coice, da ignorância, da truculência, da elegia a agressão à vida e a democracia. Do fundo do esgoto surge a escumalha social prudente e corretamente mantida à parte e sob controle durante muitos anos para tentar impor no grito e na violência um modelo de governo e de vida que a Nação brasileira não quer, nem deseja experimentar.

A incivilidade e a estupidez grassam neste momento triste do Brasil. O contágio do Coronavírus amedronta a todos. Mas o contágio da estupidez e da cretinice são também males que precisamos combater e evitar. Ideias surgem na própria sociedade, algumas vingam e se tornam hegemônicas e aí definem a feição que todos irão vivenciar por um bom tempo. Estamos passando por isso.

A necessidade de apear o PT do poder nos levou a Bolsonaro. Saímos do inferno para cairmos nas garras do diabo.
Está na hora de cada um tomar para si a responsabilidade de combater essas ideias radicais, toscas. Que nunca foram conservadoras, nem de direita. 

O que está acontecendo é que um bando de aloprados de baixa estatura moral e favoráveis á anarquia e a violência se apoderaram do que poderia ser a grande oportunidade deste país de escapar das garras dos vermelhos que nos infernizaram e empobreceram ao longo dos últimos anos e querem nos escravizar com uma ditadura militar.

É hora de nos defendermos das duas pestes, a vermelha petista e a preta nazista-Bolsonarista. Enquanto é tempo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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