colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Tempos muito, muito difíceis

30/04/2020 - 13:48

ACESSIBILIDADE


Somos a 9ª maior economia do mundo. Poderíamos ser a 5ª ou 6ª. Mas 25 anos de desgovernos (6 de Sarney, 2 de Collor, 4 dos 8 de FHC, 8 de Lula, 5 de Dilma e 1 de Bolsonaro) e provavelmente, os próximos 3 anos dada a loucura que se tornou a presença desse senhor à frente dos destinos da Nação. Um desatino ímpar que está levando o país a extremos que seu povo não deseja, nunca desejou.

Como se não bastasse as inumeráveis tentativas do analfabeto cafajeste petista que esteve à frente da Nação por 8 anos e, depois, por sua ridícula e analfabeta funcional substituta, que durante 5 anos nos brindou com o que pode existir da máxima obtusidade humana. Dois energúmenos que tentaram – todo o tempo e de todas as formas possíveis – tutelar o país para levá-lo a uma nova Venezuela. 

Não, não é exagero. É isso mesmo. É só observar por onde esses “esquerdistas” (sic!) passaram e ver o estrago que deixaram. A história do mundo está aí para confirmar, por exemplo, as mais de 100 milhões de pessoas mortas por esses bandidos. Hitler? Fichinha!

Agora, temos pela frente um enfrentamento que, mais cedo ou mais tarde, o país terá que encarar. Estamos vivenciando a maior epidemia de que se tem conhecimento nos últimos 90 anos sem ter como enfrentá-la já que o SUS, sucateado (roubado miseravelmente por décadas por ladrões do colarinho branco de todos os naipes), sem condições técnicas, físicas e de recursos humanos, não tem condições mínimas para suportar a enorme demanda que já está à sua porta.

Nos próximos dias, o brasileiro irá viver o pior dos mundos na saúde. Quem tem plano de saúde, vai descobrir – tarde – que esses valhacoutos foram montados apenas para seus donos ganharem dinheiro. E terão que buscar o velho e explorado SUS. Que, superlotado, não terá como atendê-los, nem aos mais pobres sem planos de saúde. Estamos às vésperas da democratização da morte à mingua. 

Por outro lado, a economia vai passar por sua maior crise. O PIB para 2020 está estimado em - 5%! Uma queda ainda maior que a do desgoverno Dilma (-3,5%) e similar ao PIB americano na grande depressão de 1930. Isso vai exigir uma sintonia fina na área econômica, amplo apoio do Congresso Nacional e abundantes recursos externos para um programa de “recuperação econômica nacional”. Que acredito, nas condições políticas atuais, ser extremamente duvidoso. Como veremos.

Com esse presidente desequilibrado, claramente golpista, sem a menor sensibilidade para com as pessoas, e focado unicamente no seu sonho de reeleição, golpe, ou o que der pra ficar no poder, viveremos tempos de instabilidade permanente. Sem apoio político no Congresso, na Justiça e na sociedade (fala-se em 35% de apoio, acho difícil), ninguém vai lhe dar a “colher de chá” de pousar de salvador da pátria, em ano pré-eleitoral presidencial, se o plano de recuperação vier a dar certo. 

Por outro lado, o Ministério da Economia dominado por pessoas da escola de Chicago, não tem, não vejo, condições para tocar um programa tipicamente keynesiano de aceleração do crescimento via investimentos estatais de base (estradas, portos, escolas, creches, etc.). Se após o pico do Coronavírus aplicarem receitas liberais, a coisa vai ficar ainda mais difícil para o brasileiro. Não é mais hora para dogmatismos. Uma saída via setor privado unicamente seria, por incompleta, demorada, parcial e incapaz de gerar empregos para quase 20 milhões de desempregados que teremos no pós-crise. 

Finalmente, porque o capital é bicho arisco e não vai dar as caras por aqui até esse presidente sair. Anotem isso. Ano passado para se ter ideia, o Brasil, a principal economia da América Latina, foi a que menos recebeu aportes estrangeiros na região e a que mais registrou saída desse capital.
Será por quê?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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