colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Economia pós coronavírus

30/04/2020 - 10:08
Atualização: 30/04/2020 - 10:12

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Ainda está cedo para a implementação do plano de recuperação da economia pós-epidemia, mas não é tarde para se começar a pensar nas melhores alternativas para isso. Antes que os aloprados de sempre resolvam “salvar” o Brasil de novo. Já jogaram um balão de ensaio com o tal de Plano Brasil, algo tão primário e inexequível que é até difícil acreditar que alguém minimamente informado das coisas tenha embarcado numa canoa furada daquelas.

Nem mesmo as viúvas do PT, o empresariado-vampiro dos cofres públicos, os “intelectuais” da academia, a esquerda defensora de propostas inviáveis já testadas e rotundos fracassos, os sindicalistas de resultados, a banda podre do Congresso e os arautos do atraso embarcaram nesse que foi, sem dúvida, o mico do ano do ponto de vista econômico. Por sua impropriedade, inadequação e completa falta de senso de oportunidade.

Aliás, o ministro Guedes que além de bom profissional é também um grande frasista, definiu bem a “proposta” do projeto Brasil: “Se você cavou um buraco e foi para o fundo do poço, através exatamente de propostas de obras públicas indiscriminadas, a solução para sair do buraco não pode ser cavar mais fundo. Não pode ser repetir a mesma estratégia, fazer um novo PAC". Que foi justamente o instrumento petista de tristes lembranças que acabaram por legalizar grande parte da roubalheira que fizeram neste país e deixar mais de 100 mil obras inacabadas país afora.

A retomada econômica do país será uma dureza. Vamos partir de um PIB negativo que pode variar de - 5% a até - 20%, a depender do estrago que o Coronavírus e a incúria do governo federal permitam. A semiparalisia do Ministério da Saúde e a esdrúxula posição do presidente em querer forçar na marra a saída da quarentena que governadores e prefeitos mal e mal tentam manter, são fatores que, aliados à implosão do SUS, certamente podem potencializar o tamanho da crise.

Que será grave, com quebradeira de empresas, desemprego passando das alturas (12%) para o espaço sideral (em torno de 20%), forte retração no crédito, redução de mais de 30% na renda média do brasileiro, queda na arrecadação do governo. E mais uma enormidade de outros problemas que terão que ser equacionados. Não será fácil. 

Some-se a isso o rescaldo do Coronavírus que só será erradicado após o surgimento de uma vacina. Até lá, quase metade da população, terceira idade, doentes crônicos e com comorbidade e pessoas com baixa imunidade estarão sob forte tensão e constrangidas em sua liberdade de ir e vir, ameaçadas pelo vírus. O que é outra e importante variável a ser considerada na etapa de recuperação da economia já que representam quase metade da população.

Teremos pela frente muitas dificuldades a serem transportas. Que não será no curto prazo. E aí surge uma nova variável que pode desestabilizar ainda mais o país. Não é regra, mas desconheço o país que entrou em crise econômica e o presidente da República ganhou as eleições seguintes. 

E o atual presidente só sonha com isso: reeleger-se. Será que ele teria as condições para “pintar o diabo” nas eleições como fez o PT na eleição da pior presidente da República que o mundo já teve, a nós impingida pelo mago da roubalheira mundial, o babalorixá de Garanhuns, o analfabeto Lula?

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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