colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Bolsonaro sangra, o PT espreita

19/04/2020 - 11:09

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O modelo Bolsonaro de não governar está fazendo ressuscitar um inimigo do povo pior que ele, o PT. Com suas tresloucadas atitudes ele sangra e se isola politicamente a cada dia que passa. 

E o PT quieto, esperando as eleições de 2022 para por as unhas de fora, quando ele vai estar totalmente desgastado politicamente e desmoralizado pelas raposas felpudas do Congresso e da Justiça que, sibilinamente, não deixam passar mais nada de importante para ele usar em campanha.

Seu apoio, que já foi de 54% no início do governo há um ano, vem sendo corroído por sua inépcia para liderar e por sua incapacidade terminal de priorizar a população brasileira, em detrimento da sua aloprada vontade de se reeleger, mesmo sem ter nada significativo para apresentar ao eleitor. 

Atualmente, é consenso entre especialistas da política que seu apoio real não ultrapassa os 30% de eleitores (metade irredutível) e, reduzindo. Especialmente com a enormidade da crise econômica que o país terá que enfrentar no pós Coronavírus. 

Mas ele não perde a banca. Essa semana teve a ousadia de demitir o ministro da Saúde - em pleno auge da epidemia - que tem mais que o dobro da sua aprovação popular (ou talvez, por isso mesmo). E de imediato já encontrou um novo “inimigo” para atacar no presidente da Câmara Federal (que não é flor que se cheire, mas sem o desequilíbrio doentio do presidente). Recebeu em troca de seus vilipêndios uma gozação: Maia além de não o responder (tudo que ele queria para continuar a brigar, única coisa que sabe fazer. E mal), enviou-lhe flores virtuais...

Nesta mesma semana, mais dois recados claros: o Supremo decidiu de forma unânime que os governadores podem impor o recolhimento social e outras medidas similares, contrariando frontalmente sua vontade de “usar a caneta” para um liberou geral, que teria como resultado prático mais casos graves e mais mortes pelo vírus.
E o Senado também deu seu sinal: transferiu para segunda-feira, dia 20, a votação da medida provisória que instituiu a minirreforma trabalhista. Se não for votada naquele dia, a medida caduca.

Na verdade, os inumeráveis inimigos políticos que ele cultivou nos mais altos escalões da república ao longo de um ano desistiram dele: não cumpre nenhum acordo. 

Agora, pasmem os que quiserem pasmar: ciente que no Congresso não consegue aprovar nada relevante, ele, através do seu ministro do Gabinete Civil, está articulando o apoio de nada menos que a fina flor dos partidos que reúnem os maiores corruptos do Congresso Nacional (se é que se pode fazer essa comparação), todos encalacrados até à medula na tsunâmica roubalheira petista!

Vai pôr a raposa para tomar conta do galinheiro. Igualzinho fez o PT. E pior, será traído mais à frente, quando da eleição presidencial. Que ele terá que enfrentar sozinho. Tal qual 2018. Mas é certo que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. 

Até lá, é esperar. E encontrar alguém para se votar dignamente.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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