colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Para ninguém esquecer

16/04/2020 - 09:01

ACESSIBILIDADE

A ex-presidente Dilma Rousseff - Patricia de Melo Moreira/ AFP
A ex-presidente Dilma Rousseff - Patricia de Melo Moreira/ AFP

É velha, mas não custa repetir, por atual, a frase de Goebbels, ministro da comunicação de Hitler: uma mentira repetida muitas vezes, acaba virando “verdade”. Pois bem, existe uma lenda urbana construída e alimentada por parte da mídia – bem em linha com as narrativas da esquerda de mistificar as coisas e vender sonhos aos incautos - de que nos governos petistas o país viveu tempos de bonanças como jamais visto. Nada mais falso. 

Nestes tempos de crise sanitária, fragilização da economia e com um presidente da República isolado politicamente, os vermelhos começam a pôr a cabeça de fora, mestres do quanto pior melhor, com sua verborragia mentirosa e os mesmos personagens – quase todos ex-presos da Lava Jato – para tirar “casquinha” da situação em que se encontra o país que eles deixaram.

Vamos relembrar e desmistificar as mentiras da bonança promovida pelo PT e a real face do governo mais corrupto de todos os tempos que culminou com a falência do país. A primeira: estudo denominado Panorama realizado pela PUC-RJ indicou que entre os últimos 30 governos brasileiros, o PT se coloca apenas na 19ª posição em termos de desenvolvimento econômico (o Governo Dilma, foi o 3º pior de todos os tempos).

Segundo: o mesmo estudo indicou que o PIB brasileiro foi o que menos cresceu dentre países e regiões avaliadas entre 1994-2016: 31,4%. Menos que a América Latina, 37%, menos ainda que os emergentes: 152,2%. A terceira, outro estudo intitulado “A Década Perdida: 2003-2012” elaborado por professores da PUC-RJ, INSPER e outras entidades, faz um “resumo da ópera”:

“O Brasil no período em relação ao grupo de comparação: 1) cresceu, investiu e poupou menos; 2) recebeu menos investimento estrangeiro direto e adicionou menos valor na indústria; 3) teve mais inflação; 4) perdeu competitividade e produtividade, avançou menos em Pesquisa e Desenvolvimento e piorou a qualidade regulatória; 5) foi pior ou igual em quase todos os setores importantes (…).”

A quarta, o decantado combate à pobreza foi mais um “me engana que eu gosto” petista. De 1994 a 2015, de fato, a pobreza do país foi reduzida de 16,5% para 4,3%. Acontece, que os demais emergentes reduziram a cifra de 33% em 1997 (o dobro da pobreza brasileira em 2014) para 3,4% em 2013. Ou seja, reduziram a pobreza mais rápido e em menos tempo que o Brasil.

A quinta, é desmentida por estudo do Wealth and Income Database: a desigualdade entre 2001 e 2015 no país não diminuiu, aumentou. A metade mais pobre se apropriou de 18% da expansão econômica do país enquanto que os 10% mais ricos ficaram com 61%. E estudo do IPEA (2013) indicou que 1/3 da desigualdade foi promovida por ações do próprio governo.

A sexta lorota, a do “paraíso” Brasil, foi desmentida por estudo do IPEA (2007-2013) identificando o país como o 10º mais violento do mundo. E a sétima: a tentativa petista em terceirizar sua responsabilidade pela maior crise brasileira de todos os tempos e a maior corrupção governamental do mundo moderno para os governos posteriores que foram desmascaradas pela Operação Lava Jato.

 Isso para não falar da estagnação da produtividade brasileira no período petista, do isolamento comercial promovido pela nefasta política sul-sul, a não realização das reformas estruturantes clamadas durante todos os 13 infaustos anos petistas, a ampliação da defasagem do setor industrial que praticamente isolou o setor do mercado global, as relações promíscuas com as piores ditaduras de países – para dizer o mínimo – insignificantes econômica, política e socialmente falando, etc. 

Este lembrete é para ninguém mais cair no canto de sereia petista na brutal crise econômica que se avizinha pós Coronavírus.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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