colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Para onde vamos ?

20/12/2019 - 13:15

ACESSIBILIDADE


A cada final de ano, mercado, governo e especialistas são instados a fazer suas previsões em relação ao próximo ano. Para 2020, a opinião praticamente unânime entre esses players é que o Brasil deverá “crescer” em torno de 2%. 

À primeira vista um dado auspicioso, depois dos 5 anos da ressaca dos corruptos governos petistas que “comeram” quase 7% do PIB brasileiro e espalharam um rastro de 13,5 milhões de pessoas desempregadas e a perda de renda real principalmente entre os mais pobres, os negros, os jovens e as populações do Norte e Nordeste do País. Justamente aqueles a quem eles diziam defender (sic!).

A crise do já longínquo 2014 provocou o aumento da desigualdade no país, a redução de 27% dos investimentos no período compreendido entre 2014/18, nenhum avanço na baixa qualidade do ensino, a não redução do desemprego estratosférico de mais de 12 milhões de pessoas, a grave crise fiscal ainda não resolvida (faltam as reformas tributária e administrativa e a interminável trabalhista, pelo menos), além do baixo crescimento e das incertezas da economia no plano global, são ameaças presentes ao crescimento sustentado desejado por todos.

Os 2% esperados para 2020 é melhor que os raquíticos menos de 1% dos últimos 4 anos. As coisas começam a se rearrumar, mas ainda estamos distante dos 3,5% que o país precisa alcançar para começar a sair do atoleiro de 2014. Um PIB baixo significa menor arrecadação do governo, maior dificuldade no ajuste das contas governamentais, impede o aumento do investimento público que, por sua vez, reduz as perspectivas de geração de mais empregos, a esperança por um crescimento robusto.

Mas, a recente mudança na nota do Brasil por uma das agências de classificação de riscos é uma boa noticia e um reconhecimento do que vem sendo feito desde o governo Temer e continuado pela equipe econômica do governo Bolsonaro. Mas ela pontua que o momento ainda é de incerteza quanto às reformas pela fragmentação do Congresso e a até agora, incapacidade do governo de estabelecer uma coalização de maior efetividade para a agenda de reformas.

Este ano precisa ser o divisor de águas em relação ao passado petista. Ou resolvemos os imbróglios econômicos e os esqueletos do nosso orçamento que desafiam a retomada do nosso crescimento, ou vamos continuar patinando no nosso eterno voo de galinha que a todos infelicita.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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