colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

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Educação: A saída é o digital

05/11/2019 - 18:00

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Educação digital é uma possível solução
Educação digital é uma possível solução

Seria bobagem “arrotar” mais uma solução incremental para a educação brasileira. Cairíamos na vala comum das dezenas que vagam por aí. Para todos os gostos. Para cada apaixonado defensor das diferentes “escolas do pensamento” (sic) que têm conduzido a educação no Brasil a lugar algum. Bem na linha da frase de H. L. Mencken: “Para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada” ou à de Martins, (1999): “Tudo muda para que tudo permaneça como está”. 

Remetendo-nos à realidade do nosso raso – e secular - avanço educacional, como veremos (o texto, é de 1886, da comissão ministerial encarregada de estudar alternativas para o setor): “a instrução em todos seus graus está em sensível decadência. O ensino superior apresenta os mais deploráveis sintomas. O secundário... tem degenerado em simples meio de chegar às escolas superiores... O primário... é quase nulo em seus benéficos efeitos; poucas escolas... mestres mal preparados...”. Cruelmente atual.

Há algum tempo, a revista Exame listou 45 propostas de especialistas para resolver os problemas da educação. Interessantes, mas, todas incrementais. Nenhuma disruptiva. Por ali, as mudanças acontecerão a passo de cágado. É preciso “sair da caixa” ou este país continuará à mercê de soluções pautadas em diagnósticos já pensados a quase 1 ½ século, como vimos aqui. É preciso “disruptar” a educação (e não é apenas quebrar paredes...)

Chegamos ao limite do mais do mesmo que nos atrasa há séculos. A revolução digital é a rota a ser percorrida. Não dá mais para ficar esperando melhorar a qualidade do docente. Até porque não vai. Ao menos no curto e médio prazo. E se o modelo que aí está prevalecer, nem no longo prazo. Qualquer veleidade de mudança pela rota tradicional vai dar com burros n’água. 

Há quase uma década nos primórdios do digital no país, dirigimos o desenvolvimento do primeiro projeto educacional brasileiro realmente disruptivo, calcado em proposta 100% digital e online e focado em levar o aluno ao conhecimento (profunda diferença da proposta atual de levar o conhecimento ao aluno), tendo o docente local como apoio aos projetos e práticas pedagógicas previamente preparadas para execução dentro e fora da sala de aula. 

Experiência inovadora e enriquecedora de qual me orgulho. Por questões outras do então grupo investidor detentor dos direitos do produto, ainda não pode deslanchar no mercado. Mas a experiência indica ser esse o caminho. 

O modelo qualifica rápida e exponencialmente o processo de ensino-aprendizagem - num salto quântico sofisticadamente simples – trazendo a educação para o século XXI e “recaptura” o interesse perdido do aluno nativo digital com proposta focada no tudo digital, tudo contextual, tudo online, tudo “presencial” em qualquer lugar, na escola, em casa, no clube... 

E dá ao docente local a oportunidade de evoluir a partir da expertise dos maiores especialistas do país, com quem passam a conviver diária e virtualmente fazendo junto com os alunos, agora parceiros, a viagem rumo ao conhecimento. 

Estamos pensando em reencetar aquela primeira experiência à luz da expertise adquirida e das novas tecnologias exponencialmente mais avançadas que há 10 anos, para “quebrar a espinha dorsal” dos retrógados paradigmas do modelo de ensino atual e romper rápido o seu atraso secular. A educação tem solução. É digital. Passa distante do que se faz e pratica hoje.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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