colunista

Alari Romariz

Alari Romariz atuou por vários anos no Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas e ganhou notoriedade ao denunciar esquemas de corrupção na folha de pagamento da casa em 1986

Conteúdo Opinativo

Momentos confusos

18/01/2021 - 18:22

ACESSIBILIDADE


Passou a época do Natal. Apesar da pandemia, conseguimos juntar parte da família e agradecer a Deus por tudo que Ele nos dá, como diz uma filha.Entre as festas natalina e o Carnaval, o Brasil vive uma tranquilidade aparente. Desde 2020 só se fala no vírus invisível, mas os políticos trabalham por “debaixo do pano”. O Congresso Nacional luta para renovar os dirigentes no começo de fevereiro. 

Arthur Lira, nosso velho conhecido, taturana carimbado, concorre com Baleia Rossi, outro moço sabido, cujo pai tem uma longa história de corrupção. Viajam pelo Brasil, conversam com outros deputados, seus eleitores. Em fevereiro saberemos afinal quem será o presidente da Câmara.

Em Alagoas, a Mesa Diretora do Legislativo se antecipou e fez a eleição antes do tempo certo, no ano passado. São homens astutos que não brincam em serviço. O presidente da Casa lida bem com os companheiros, dá doces e biscoitos a quase todos. É querido pelos pares, trata bem os comissionados e perturba ativos e inativos, congelando os salários dos pobres coitados. 

Vive o moço matreiro um momento de euforia: com a saída do vice-governador, eleito prefeito de Arapiraca, poderá ser o governador de Alagoas por nove meses em 2022. Não creio que seja o ideal para Renan Filho, mas é o quadro que se descortina nesse instante.

Os dois Renans saíram abatidos das eleições municipais. Perderam as prefeituras de Maceió e Arapiraca e diminuíram o reinado para trinta e três cidades. Como são políticos sagazes, já devem estar costurando alianças para o próximo ano. Têm poder e dinheiro para tal! Ficaremos acompanhando os acontecimentos.
Na Prefeitura de Maceió houve grande modificação. JHC e Ronaldo Lessa foram eleitos, derrotando o candidato de Renan e Rui. 

Para mim, JHC é um político corajoso. Enfrentou os deputados estaduais, afastou a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e descobriu a “mala preta” da Casa de Tavares Bastos. Não conseguiu provar as “rachadinhas”, mas expôs o Legislativo alagoano à execração pública. Não o conheço como gestor, contudo acredito que fará uma boa administração, pois é novo e sonha alto. Seu primeiro ponto negativo: na escolha do secretariado não valorizou Ronaldo Lessa, que humildemente se submeteu a ser seu vice.

Estamos acompanhando pelas redes sociais o que diz e o que faz o novo prefeito. Espero que acabe coma a poluição do Riacho Salgadinho e dê nova vida ao Mercado Municipal. Os problemas são muitos, mas esses dois merecem atenção especial.

O Brasil está complicado! A imprensa não deixa o Bolsonaro governar. Até já mandaram ele se matar! A perseguição é violenta! Não aparece nada de bom que o moço fez ou faz. Existe muita coisa errada, mas ele pegou a pandemia e precisou governar o país em época de crise profunda. Ele, o presidente, fala demais, diz bobagens, mas com alguns ministros tem feito algo.

Com essa nuvem política forte e destrutiva, a pandemia levou grandes amigos nossos. É quase um ano de medo, sofrimento, angústia. Não sabemos onde está o vírus, não podemos sair de casa, não reconhecemos as pessoas na rua, não visitamos os amigos.

Nosso período natalino foi em casa com parte da família, com medo da doença e rezando por dias melhores. Nada de entregar presentes: deixa na portaria e pronto!

Sem falar no desemprego assolando, os autônomos sofrendo por terem que fechar seus negócios e tentar novas maneiras de trabalhar. As histórias dos que perderam seus empregos e não têm como sustentar suas famílias são inúmeras, alunos fora da escola, professores parados. Tempo completamente atípico.

Só nos resta respeitar as regras de sobrevivência, cuidar da saúde, não sair de casa, não visitar idosos e esperar pela tão sonhada vacina.

E, principalmente, esperar que Deus nos ajude.
Ele existe! Não duvidem!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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