colunista

Alari Romariz

Alari Romariz atuou por vários anos no Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Alagoas e ganhou notoriedade ao denunciar esquemas de corrupção na folha de pagamento da casa em 1986

Conteúdo Opinativo

Política, religião e futebol

20/07/2020 - 13:52

ACESSIBILIDADE


Alguns assuntos são mais complicados e provocam violentos debates entre determinadas pessoas. Um deles é a política. Qualquer que seja a posição de alguém, provoca reações imediatas. As redes sociais deram aos pobres mortais o direito de exporem suas opiniões, fazerem denúncias, reencontrarem amigos. Muitos acham errado, criticam-nos e transformam em crimes as fake news. Na minha modesta ótica, foi aberto um caminho para o povo se pronunciar.

utras criaturas. No momento atual, quando o Partido dos Trabalhadores saiu do poder depois de 14 anos dominando o Brasil, não se pode falar do atual governo. Para alguns radicais, o presidente é um louco e nada de positivo pode sair dele. Um companheiro de Facebook afirmou que uma sindicalista não pode apoiar Bolsonaro. Aí vem a dúvida: todo sindicalista tem que ser de esquerda?

Vivemos em um país sofrido, de um passado recente cheio de escândalos como o Mensalão, Lava Jato, Petrolão e muitas prisões. O povo cansado, resolveu eleger o atual presidente. Virou uma briga infernal. Uma perseguição incansável ao atual chefe do Executivo. O moço não pode abrir a boca. Os ministros nomeados têm a vida de vinte ou trinta anos atrás completamente revirada. Até os mortos da covid-19 são culpa do Bolsonaro! Tudo que for errado, mesmo sendo assunto antigo, veio do presidente.

A imprensa dividida, os outros poderes acusam o Executivo por tudo que acontece, culpam o moço que derrotou o PT pelo que não está dando certo. E se alguém tem coragem de dizer que acredita no governo, provoca reações agressivas de muita gente. 

Cada dia fica mais difícil falar sobre política! O pior é que os políticos cheios de processos na Justiça condenam o atual governo. Nosso Supremo Tribunal Federal persegue abertamente o Bolsonaro. Incrível mesmo é ver seus membros concederem entrevistas atacando até as Forças Armadas. Nunca vi isso em minha longa vida!
Arrisco-me a falar dos assuntos que se espalham pelo Brasil e recebo agressões e até apelidos pejorativos. Infelizmente, ou felizmente, sou teimosa e vou continuar dizendo o que acho certo e criticando o errado. Na própria família, há parentes que discordam de mim, mas respeitamos a posição de cada um. Respeito é a palavra-chave!

Se pensarmos em religião, as opiniões divergem. Conheço um casal, ele católico, ela evangélica e vivem muito bem, obrigado. Em matéria de religião, minha vida é complicada: meu pai se dizia ateu; minha mãe era católica, mas quase não frequentava a igreja; em nossa casa, nada era obrigado em matéria de religião. Frequentei a Igreja dos Capuchinhos porque queria jogar voleibol depois das reuniões das cordígeras. Casei com um homem extremamente católico; fiz um acordo com ele para ir à missa aos domingos; comecei a apreciar os ritos, as leituras semanais e os cânticos; gostei de ser católica por adesão. 

Para surpresa nossa, uma filha resolveu ser evangélica, da Igreja Batista. Pediu nossa opinião e dissemos a ela que o Deus é um só e a vida é dela. Em nossa família há evangélicos, católicos, espíritas e todos se respeitam. Conversamos tranquilos sobre religião e vamos vivenciando as leis de Deus.

Mas amigos, que tal falar de futebol? Aí, “toca horror”, como se diz entre amigos do Exército. Em Alagoas, os principais times são CSA, CRB e ASA. Nosso futebol não é dos melhores; é um tal de “sobe e desce”. Pessoas importantes do estado assumem a direção dos clubes, tentando conseguir um desempenho melhor. Infelizmente as dificuldades são muito grandes e nosso futebol não se destaca tanto entre os times brasileiros.

Conheço um casal dividido: ela torce pelo CRB e ele torce pelo CSA. Ela gosta do Bolsonaro e ele é fã do Lula. Vivem juntos há 58 anos, têm filhos, netos e bisnetos. Vão muito bem, obrigado; tudo muito divertido!
Fui dirigente de sindicato durante nove anos. Lidei com companheiros de direita e de esquerda. Enfrentei críticas, elogios e sobrevivi. Digo e repito: o importante é o respeito pela opinião do outro. Em todo lugar há gente do bem e do mal. Inexiste a perfeição. Procurando o caminho do bem, chegaremos a um final feliz.
Deus existe. Não duvidem!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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