ELEIÇÕES 2022

PDT confirma pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República

Por Com informações do g1 21/01/2022 - 18:37

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PDT/Divulgação
Ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), em evento de lançamento da pré-campanha
Ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), em evento de lançamento da pré-campanha

O PDT confirmou nesta sexta-feira (21) a pré-candidatura do ex-governador do Ceará Ciro Gomes à Presidência da República.

O lançamento da pré-candidatura ocorreu em ato na sede do PDT em Brasília, no encerramento da convenção nacional do partido. Antes do anúncio oficial, no entanto, Ciro já manifestava o desejo de concorrer à presidência – e era tratado como pré-candidato pela legenda.

"Acabamos de aprovar a pré-candidatura de Ciro Gomes, por unanimidade, por aclamação", anunciou o presidente nacional do PDT e ex-ministro Carlos Lupi. O lema da campanha, divulgado nesta sexta, será "a rebeldia da esperança".

O evento também foi marcado por homenagens ao ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, fundador do PDT, que morreu em 2004. Se vivo, Brizola completaria 100 anos neste sábado (22).

Carreira política


Se a candidatura de Ciro Gomes for confirmada, a eleição presidencial de 2018 será a quarta tentativa do político de chegar ao Palácio do Planalto.

Ciro concorreu nas eleições de 1998, 2002 e 2018, mas nunca chegou ao segundo turno. Na última eleição presidencial, recebeu 13,3 milhões de votos (12,47%) e ficou em terceiro lugar.

Atual vice-presidente do PDT, Ciro Gomes foi ministro da Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, período final do governo Itamar Franco e início do governo Fernando Henrique Cardoso.

Advogado, Ciro também foi ministro da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato de Lula.

Ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Fortaleza, Ciro Gomes já foi deputado federal e está no sétimo partido desde que entrou para a política (também foi filiado a PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS).

Polêmicas


Ciro Gomes acumula algumas polêmicas em sua trajetória política. Em 2002, por exemplo, quando concorreu à Presidência, disse que a então esposa, a atriz Patrícia Pillar, tinha um dos papéis mais "importantes", que era "dormir" com ele.

Depois do episódio, Ciro pediu desculpas publicamente. "Peço desculpas, não pela brincadeira que estávamos a fazer, mas que ela esteja vendo de perto o que é a imundície da política", afirmou o político à época.

Em outra ocasião, Ciro afirmou que, se o ex-juiz Sergio Moro tentasse prendê-lo, receberia a "turma" dele "na bala".

Ele também é conhecido pelos ataques que faz a políticos adversários. O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ) – que chegou a ser preso pela Lava Jato – por exemplo, foi chamado por Ciro de "maior vagabundo de todos". Ciro também apelidou o ex-presidente Michel Temer de "capitão do golpe", ao se referir ao impeachment de Dilma Rousseff.

Em 2018, foi duramente criticado por legendas de centro-esquerda e de esquerda quando, após o primeiro turno das eleições presidenciais, viajou para a França em vez de fazer campanha contra Jair Bolsonaro no segundo turno. Naquele pleito, o PDT declarou "apoio crítico" a Fernando Haddad (PT), que foi derrotado por Bolsonaro.


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